MONARQUIA TRADICIONAL
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 Monarquia Social

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Nuno Cardoso da Silva
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MensagemAssunto: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 3:15:35

Para reflexão, coloco aqui alguns princípios programáticos para uma Monarquia Social:

PRINCÍPIOS PROGRAMÁTICOS DE UMA MONARQUIA SOCIAL

1. A realização do bem comum é o objectivo supremo do Estado e de qualquer organização política.

2. O bem comum e o sentido de comunidade são incompatíveis com a permanência de fenómenos de exclusão social.

3. Ao Estado compete criar as condições para o livre funcionamento da economia, condicionado às exigências do bem comum, e criar os mecanismos que promovam a inclusão social e a subsistência com dignidade de todos os cidadãos.

4. O direito à saúde e à educação são direitos universais, mas a sua gratuitidade só deve ser garantida a quem não tiver meios próprios para as pagar.

5. O Estado promoverá e privilegiará a organização cooperativa das empresas e a auto-gestão, como forma de melhorar a participação de quem trabalha no fruto do seu trabalho, e como forma de contrariar a permanência e domínio de estruturas oligárquicas no seio do Estado.

6. O Estado promoverá a defesa do ambiente e dos equilíbrios ecológicos, assim como a utilização prioritária de recursos renováveis na actividade económica.

7. O Estado promoverá e premiará a qualidade e a excelência no ensino, a investigação científica e tecnológica, as artes e a produção artística.

8. A nível externo o Estado privilegiará as relações com os países lusófonos e latino-americanos, e participará na construção da Europa num quadro de um projecto bem definido e institucionalmente democrático que não ameace a identidade nacional.

9. O Estado promoverá e garantirá o acesso à justiça em pé de igualdade a todos os cidadãos, independentemente do seu rendimento, garantindo a gratuitidade dos actos jurídicos a quem os não puder pagar.

10. O Estado instituirá um serviço nacional de dois anos, obrigatório para todos os jovens de ambos os sexos, com uma vertente dirigida à defesa e uma vertente dirigida à assistência social e a serviços de relevância para a comunidade.
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Nuno Cardoso da Silva
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 3:46:07

Das Palavras aos Actos

Quase sempre fomos um povo mais de palavras do que de actos. Uma notável excepção foram os Descobrimentos, iniciados e impulsionados por um meio-inglês que teve a ousadia de adoptar como moto "Talent de Bien Faire"... Também D. João II - ainda com muito sangue inglês - soube forçar os portugueses a fazerem mais e a falarem menos... A partir daí foi o que se viu, e só alguns dirigentes muito autoritários conseguiram, até certo ponto, contrariar o diletantismo estrutural da maioria dos portgueses. Sem o Marquês de Pombal talvez Lisboa ainda não tivesse sido reconstruida, e Salazar - goste-se ou não da pessoa - soube manter Portugal independente e economicamente equilibrado, ainda que pobrezinho.

Nós, monárquicos, gostaríamos de restaurar a Monarquia em Portugal (ou melhor, gostaríamos que Deus Nosso Senhor a restaurasse por nós, sem que para isso tivéssemos de mexer uma palha), mas preferimos perder o tempo com querelas e fantasias quanto a "pretendentes" a uma coisa que não existe, em vez de pensar na melhor maneira de convencer os nossos compatriotas das vantagens da Monarquia. E sobretudo esquecemos que a superioridade da Monarquia não se deve manifestar apenas num sistema mais resistente à lepra oligárquica, mas também num projecto mais realista e mais convincente do que a República tem sido capaz de propor.

No fundo, o problema é este: Como se organizará a nossa Monarquia, que projecto virá ela promover e como o irá concretizar?

Quanto à organização já percebemos que Monarquia não é República coroada, e que uma Monarquia que não neutralize as tendências oligárquicas será completamente inutil. Não podemos cair na esparrela de adoptar o sistema partidocrático que tanto mal tem feito ao país, desde 1834. A liberdade de associação não se pode transformar num instrumento de domínio oligárquico. Partidos políticos, sim, mas monopólio partidário da representação política, não. Este problema foi analisado na "Questão Real", pelo que não vale a pena voltar a ele aqui.

Quanto ao projecto, tentei definir as suas grandes linhas nos dez Pontos Programáticos de uma Monarquia Social, mas é óbvio que esses pontos teriam de ser transformados em programa e em políticas concretas. Só depois desse trabalho feito é que se poderá pensar na maneira de melhor sensibilizar os portugueses para o nosso projecto e de conquistar posições de poder político. Será conveniente formar um novo partido? Deve-se começar por participar em eleições autárquicas? Deve-se procurar criar um movimento de juventude, aguerrido, para mobilizar gente disposta a bater-se por Portugal?...

Parece-me que chegou o momento de nos encontrarmos ao vivo, para debater todas estas questões e definir linhas de actuação. A nossa correligionária Ana Rita Bivar parecia estar a querer organizar um tal encontro. Que tal ir para a frente com essa ideia?...
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Lobo
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 7:18:58

Nuno Cardoso da Silva

É com toda a certeza que lhe digo que, já há muito se devia ter passado das palavras e da retórica á pratica e a acção, António de Oliveira Salazar já dizia que em Portugal a única causa que não produz efeito é a causa monárquica, já se passou tanto tempo e mais continua a passar, tantas opurtunidades e tantas gerações de gente válida perdida, até quando se irá continuar a discutir promenores, "véus e grinaldas tesouras e linhas e cortes na casaca"?
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 7:19:52

Estou curioso em saber quais as suas ideias para a Monarquia Social
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 12:24:03

Lobo escreveu:
Estou curioso em saber quais as suas ideias para a Monarquia Social

Poderei desenvolver aqui alguns dos pontos programáticos, mas acho que deveríamos fazer uma reunião ao vivo com todos aqueles que querem "passar das palavras aos actos"...
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 15:10:11

Citação :
fazer uma reunião ao vivo com todos aqueles que querem "passar das palavras aos actos"...

Plenamente de acordo!


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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 14 Fev - 15:15:14

Sugiro que os interessados nos devem deixar aqui sua "área de residência cibernáutica" de forma a encontrarmos um meio caminho entre todos.

Se apenas tivermos pessoas do Sado para cima, penso que Leiria ou a Figueira da Foz seriam esse meio caminho (relativamente à A1).

Aos fins-de-semana estou quase sempre em Lisboa.
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQui 15 Fev - 13:06:01

Alguns dos pontos dos Princípios Programáticos dizem respeito a questões económicas e sociais importantes. Por exemplo, os pontos 2, 3 e 5. Desenvolvendo um pouco a questão, parece-me que o objectivo deveria ser o de promover a capacidade produtiva, evitar que o poder económico domine o poder político e, ao mesmo tempo (o que é difícil) eliminar a exclusão social.

Está mais do que provado que a eficiência económica é melhor servida num sistema de mercado, em que os agentes económicos gozem de liberdade suficiente para tomar as decisões que melhor promovam o seu interesse e o interesse colectivo. A famosa "mão invisivel" de Adam Smith tem muito - mas não tudo - de verdade.

O problema não é o mercado, é a visão liberal fundamentalista que por vezes se tem desse mercado. Se a concorrência desregrada gera exclusão social ou degradação da situação económica e social de quem trabalha por conta de outrém, então temos de lhe pôr alguns travões. É preferível perder alguma eficiência produtiva se isso permitir eliminar a exclusão social. Dificil é encontrar o ponto de equilíbrio.

No sistema neo-liberal fundamentalista, para além do problema da exclusão social - mas a ela ligada - está o problema da criação de um poder económico capaz de se sobrepor ao poder político. O que gera oligarquias totalmente divorciadas de preocupações com o bem comum. Contrariar isso sem ferir os valores essenciais da liberdade passa pela promoção de empresas cooperativas e por outras soluções de auto-gestão pelos trabalhadores. Para não ter de explicar em pormenor como é que isso pode funcionar, sugiro que olhem para o Grupo Cooperativo de Mondragón, no País Basco, assim como para experiências de auto-gestão na América Latina, nomeadamente de empresas cujos accionistas queriam fechar, e que foram ocupadas e mantidas a funcionar pelos seus trabalhadores, com resultados por vezes surpreendentemente positivos. Economia de mercado sem capitalistas (ou, pelo menos, com poucos capitalistas) parece ser a solução para alguns dos problemas de exploração de trabalhadores sem ferir a eficiência produtiva. Deve ser essa a via a adoptar pela Monarquia Social.

Mas isto não eliminará por completo a exclusão social. Há pessoas com poucas aptidões produtivas, há pessoas com baixas qualificações, há sectores com excesso de trabalhadores, etc. Essas pessoas são quase sempre impossíveis de colocar no sector produtivo. Compete então ao Estado - como representante da comunidade - mobilizar essas pessoas para tarefas de utilidade social, garantindo-lhes um rendimento adequado (embora inferior ao que o sector produtivo pode pagar, para encorajar as pessoas a continuarem a procurar emprego nesse sector produtivo). E que tarefas poderiam essas ser? Por exemplo, tarefas de limpeza de florestas e de protecção do ambiente; assistência a idosos, adolescentes em risco e crianças; acompanhamento a jovens com problemas de aprendizagem nas escolas; animação sócio-cultural em bairros pobres ou degradados; promoção de actividades desportivas para jovens em risco, etc.. O financiamento dessas actividades poderia vir do fundo de desemprego - a partir do momento em que as pessoas têm uma actividade social remunerada, deixam de precisar do subsídio de desemprego - mas também dos nossos impostos. Mas não esqueçamos que este tipo de acções reduziria muitas das despesas que o Estado tem com situações de marginalidade ou criminalidade, sobretudo juvenil, ou de assistência médica a pessoas que sofrem de complicações de saúde por não terem um rendimento que lhes garanta uma subsistência com um mínimo de qualidade. Para não falar da poupança ligada à redução nos incêndios florestais. Arrisco dizer que as economias que o Estado faria nessas áreas seriam suficientes para cobrir uma boa parte das despesas de manutenção de um programa deste tipo. Também deve ser esta uma posição a defender pela Monarquia Social.

Há quem se possa assustar com esta visão "esquerdista" da Monarquia, mas não esqueçamos que a Monarquia é para todos, e que muitos de nós vivem com grandes dificuldades e carências. A nossa prioridade deve ir para os mais pobres e carenciados, porque os outros são bem capazes de tomar conta de si...
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Lobo
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQui 15 Fev - 19:01:30

Sr Nuno Cardoso da Silva

Concordo na totalidade com o que aqui escreveu, os pontos fundamentais que aborda são aquilo que de mais urgente há em fazer neste país, a ideia é excelente o fundamental está lá, mas para conseguir pôr isso em prática neste país... é lutar contra intresses muito poderosos, as tais "forças ocultas" é quase desencorajador, mas no entanto vale sempre a pena lutar para construir algo como o que o Sr aqui defende.

O Sr Nuno Cardoso da Silva aborda também o o caso das pessoas com poucas aptidões, nesse ponto na generalidade comcordo com a sua ideia, mas é também preciso saber implementar correctamente, estimular uma maior proucura de melhorar as suas aptidões penalizando o típico comodismo sim, agora criar estigmas humilhantes com essa implementação isso não, creio que me fiz entender

Refere também a visão "esquerdista" de monarquia, Sr Nuno Cardoso, a visão social não é propriedade de esquerdas direitas centro ou de algum partido ou corrente política, é de todos nós do país e da nação, se esta visão "esquerdista" incomoda alguns monárquicos então que revejam bem aquilo que querem ou que pensam defender para um sistema diferente e útil para a sociedade e para a nação, não devemos ter preconceitos em relação a isso, pois no sector de esquerda há pessoas válidas competentes e que muito podem fazer por este país

Sr Nuno Cardoso da Silva permita-me dar lhe os meus parabens pelo que aqui expôs, seria deveras gratificante conseguir pôr em acção e na prática os pontos que aqui expôs
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptySex 16 Fev - 6:17:40

Penso que a mudança é um processo de etapas e objectivos claramente definidos, mas não estanques.

Quando num qualquer outro tópico referi a falta de "cultura de trabalho" disse-o encaixando, agora, naquilo que o Prof. escreve, por outras palavras. Não encaro isso com um tom obrigacionista, mas sim o de saber ensinar, desde tenra idade, que do trabalho advém muita gratificação e preenchimento pessoal, desde que as pessoas o queiram ter como exemplo.

É uma questão de "role models", sendo que neste momento a "grande vida à portuguesa" é mais conotada com o bon vivent cheio de recursos e expedientes, que o "mouro de trabalho". Neste aspecto admiro um pouco as culturas centro-europeias em que a separação das águas é consensual. No trabalho, trabalha-se; no descanço, descansa-se.

Acho a ideia de incentivar a "mobilidade" excelente. Há muito a ideia que um curso ou uma carreira é limitativa e eterna, que o advogado só deve exercer profissionalmente a advogacia, que um curso ou uma formação é vinculativa. Não vejo as coisas assim. As pessoas devem trabalhar naquilo que lhes dá mais prazer ou realização, quando podem e quando não podem devem ser incentivadas a procurar outras áreas de ocupação, de forma a manterem-se activas. Penso que temos por certo que a inactividade mata não só uma pessoa como uma cultura inteira.

Acima de tudo penso que o conceito de cidadania não deve ser meramente um dado adquirido pela maioridade, tem de ser articulado com uma preparação escolar para tal.

Nos tempos idos a cidadania plena tinha como crivo a alfabetização, nos dias de hoje a alfabetização é generalizada pelo que não faz sentido ir por aí ou sequer pensar em haver um, mas não é descabido que haja a disciplina de "cidadania e ciência política" em que aos míudos sejam ensinados conceitos generalistas e básicos sobre o que são deveres e direitos, o que é a Constituição e a Lei, o que são e o que representam os símbolos nacionais, o que são os partidos políticos, quais são as correntes políticas da actualidade, o que defendem, etc , etc, etc

Com alguma coragem e um pacto de regime para 2 a 3 gerações a face da sociedade portuguesa poderia mudar significativamente.

Um Abraço
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptySex 16 Fev - 6:43:55

Exactamente sr Pedro Reis, passa sobretudo por uma mudança de mentaliades, e pela valorização do trabalho e qualificação do mesmo

a idea de incentivar a mobilidade pode ser boa se as condições para que essa mobilidade se incentive forem igualmente boas e adequadas.

Já era mais que tempo suficiente para pôr essas ideias e projectos em marcha, em 86 já era tarde demais, e em 2013 ao que pareçe as "torneiras fecham" recursos financeiros que poderiam ter sido melhor geridos e canalizados para um futuro melhor e mais qualificante virado para a realidade e desenvolvimento, foram "aproveitados" da forma que se sabe, mas quem sabe não seja em situações beras que advenha a consciençia a luta e a vontade que há muito que por cá faz falta. Enfim poderia ser melhor, mas é aquilo que há!

das palavras aos actos, para quando?
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptySex 16 Fev - 17:29:55

A nossa Amiga Ana Rita Bivar - com a minha mais do que insignificante ajuda - propõe uma reunião no nosso querido Alentejo, num sábado de Março, com programa constituído por almoço (!!!) seguido de reunião de trabalho. Antes de avançar mais, agradecíamos que os interessados nos assinalem a sua disponibilidade para estarem presentes, e o sábado da sua preferência.

"Das Palavras aos Actos"...

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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptySáb 3 Mar - 16:05:17

Para encorajar a reflexão e os comentários, passo atranscrever alguns elementos destinados a um futuro ideário:

A MONARQUIA SOCIAL

1. Definição de um quadro de princípios fundamentais

1. A justificação e função primordial do Estado é a defesa do bem comum.

2. O poder político legitima-se pelo acordo ou consenso dos governados (legitimidade de origem) e pela defesa do bem comum (legitimidade de exercício).

3. A comunidade tem o direito de retirar o mandato político a quem tiver perdido a legitimidade.

4. Pertencer a uma comunidade política gera direitos e obrigações que se complementam.

5. O conceito de comunidade não é compatível com a existência de situações de exclusão, seja ela política, económica ou social.

6. O Estado, como expressão da comunidade, é garante, e se necessário agente, da inclusão política, económica e social de todos os membros da comunidade.

7. Os direitos fundamentais dos cidadãos incluem o direito à vida, à liberdade, à justiça, à saúde, à educação e à cultura, à subsistência, à protecção de pessoas e bens, à participação na escolha dos governantes.

8. As obrigações fundamentais dos cidadãos incluem o respeito e obediência às leis legitimamente feitas, a solidariedade perante a comunidade, a participação no suporte dos custos sociais, a participação nas tarefas de defesa e preservação da comunidade, a participação na defesa e promoção do bem comum.

9. A posse e a gestão dos meios de produção devem pertencer, preferencialmente e sempre que possível, àqueles que os utilizam nas tarefas produtivas.

10. Os direitos fundamentais, a independência e a soberania nacionais, assim como o direito à língua nacional, não são alienáveis nem pelo Estado nem pela própria comunidade, mesmo por via referendária.


2. Consequências imediatas e obrigatórias dos princípios fundamentais

1. (sem comentários)

2. A legitimidade do poder não é apenas função da forma como ele é adquirido, mas também pela forma como é exercido. Ou seja, a legitimidade tanto se pode adquirir como se pode perder, e o poder não pode estar apenas dependente dos formalismos constitucionais da sua aquisição. Por exemplo, um processo eleitoral democrático não é suficiente para garantir a legitimidade ao longo do mandato recebido.

3. Se os cargos políticos são o resultado de sufrágio, os eleitores têm o direito de, antes do fim do mandato, o retirar ao mandatário por via de sufrágio revogatório. Pode haver limite ao número de vezes que este sufrágio revogatório pode ser realizado durante o período do mandato.

4. Apesar de haver direitos absolutos – direito à vida, à justiça, etc. – o gozo pleno dos direitos subentende o cumprimento das obrigações, assim como a imposição de obrigações subentende o gozo dos direitos.

5/6. O cidadão, pelo facto mesmo de o ser, não pode ser privado de direitos nem ser colocado em situação de exclusão. Não pode perder direitos políticos, não pode ser colocado em situação de impossibilidade de gozar do direito à subsistência, aos cuidados de saúde, ao acesso à educação. Em último recurso o Estado deve proporcionar abrigo, alimentação, vestuário a todos os cidadãos, embora possa, para isso, exigir uma contrapartida de serviço em sectores de interesse social.

7. O direito à justiça implica na sua gratuidade, não podendo a justiça transformar-se numa prestação de serviços apenas disponível a quem a puder pagar. O que não significa que não se possa permitir e até promover um sistema de arbitragem privado, cujas decisões seriam obrigatórias para quem a ele recorresse, sempre que o bem comum não esteja em causa. Quando há recurso ao sistema judicial do Estado, os tribunais poderão, no entanto, impor às partes condenadas em julgamento cível ou criminal, o pagamento dos custos da utilização dos meios judiciais.

No que diz respeito à saúde e à educação poder-se-ão considerar dois níveis de assistência: primário e complementar. O nível primário seria universalmente gratuito, e o nível complementar seria gratuito apenas para quem não tivesse meios ou rendimentos suficientes para pagar os respectivos custos.

No respeitante à educação o nível primário poderá corresponder a entre 9 e 12 anos de escolaridade. Para além disto o ensino seria gratuito apenas para quem não tivesse meios para o pagar, sob condição de aproveitamento escolar.

No que diz respeito à saúde o nível primário corresponderia à assistência prestada a nível de Centros de Saúde e Urgências. Para além disto os serviços de saúde seriam totalmente gratuitos apenas para quem não tenha meios ou rendimentos suficientes, estabelecendo-se uma gradação de comparticipação nos custos de assistência médica e medicamentosa em função dos rendimentos. O seguro de saúde poderia tornar-se obrigatório – sob fiscalização do Estado quanto a preços e funcionamento – a partir de um certo nível de rendimentos.

8. As consequências principais deste princípio são duas:

a) Suportar, por via de impostos, uma segurança social que elimine a exclusão social;
b) Participação obrigatória, durante dois anos, para todos os jovens de ambos os sexos que tenham terminado ou interrompido os seus estudos, ou na defesa nacional (serviço militar) ou em tarefas de utilidade social, nomeadamente no campo assistencial.

9. Sem que a forma capitalista de produção seja proibida, o Estado promoverá o sector cooperativo e as empresas em regime de auto-gestão por parte dos trabalhadores, através de legislação adequada e de uma fiscalidade mais favorável. Os activos produtivos das empresas, nacionais ou estrangeiras, que se queiram deslocalizar para fora do território nacional sem que estejam em situação de perda persistente, poderão ser expropriados e entregues aos respectivos trabalhadores para continuação de produção.

10. Nenhuma legislação, nem mesmo de carácter constitucional, poderá consagrar a perda de independência política ou soberania, ou substituição da língua oficial do país. No entanto, a delegação de poderes, no quadro de acordos internacionais (tipo União Europeia), a favor de organismos comunitários, é admissível desde que reversível.
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyDom 4 Mar - 7:37:57

Sr Nuno Cardoso da Silva

No Ponto 2, não se irá fácilmente cair numa situação de instabilidade governativa?
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyDom 4 Mar - 13:33:32

Lobo escreveu:
Sr Nuno Cardoso da Silva

No Ponto 2, não se irá fácilmente cair numa situação de instabilidade governativa?

Se o sufrágio revogativo só puder ser utilizado uma vez durante cada mandato já não haverá instabilidade, mas o mandatário - deputado, presidente de Câmara, etc. - terá muito mais cuidado com o exercício desse mandato, sabendo que o pode perder se não levar em conta o bem comum. A arrogância dos políticos diminuirá muito e a sua eficácia aumentará se souberem que o "despedimento por justa causa" passa a ser possível...
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptySex 9 Mar - 3:58:49

Não posso deixar de concordar, mais uma vez, com as palavras do Prof.

Em princípio em Maio, quando tiro as primeiras férias, vou-me dedicar a escrever um esboço de Constituição e um organigrama do Estado, aproveitando as ideias do Prof. e algumas mais dispersas que volta e meia temos aqui falado.

Não pretendo escrever um documento com 500 artigos, mas algo que não tenha mais de 30, que seja suficientemente abrangente e generalista que sirva em vez de limitar, sendo dinâmico e actualizável per se.

Obviamente será apresentado para discussão interna e visará essencialmente termos algo de palpável a oferecer enquanto movimento ideológico que somos.

Penso que é essencial falarmos numa linguagem para além dos habituais "fediveres" e termos uma proposta real que efectivamente agrade a Gregos e a Troianos, nomeadamente que permita inclusivamente aos republicanos que se revejam numa Lei fundamental que a dado momento pode ser revertida em seu favor e não meramente cristalizada contra a sua, ou outra, ideologia.

Por norma uma Lei Constitucional é revertida para um sistema piramidal, que pode ter quantos lados entendermos, mas que se apoia sempre em dois pressupostos, o vértice e a base, o vértice superior e a base inferior. No modelo que tenho em mente pretendo que isso se reverta num prisma, em que o Rei e o Indivíduo não terão uma ordem posicional implícita de superiorridade versus inferioridade, estando necessariamente interdependentes.
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyTer 20 Mar - 17:47:34

com os recentes acontecimentos dentro de um partido (CDS/PP) e por mais outros passados noutros partidos e pela realidade que se passa a nível municipal neste dito país, Sr Nuno Cradoso da Silva cada vez mais me revejo naquilo que o sr defende e aqui expõe.
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Lobo
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyTer 20 Mar - 17:48:53

como Português e cidadão pagador de impostos (vulgo contribuinte) pergunto-me partidos políticos para quê???
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MensagemAssunto: RE   Monarquia Social EmptyQua 25 Abr - 10:34:19

Senhor Prof. vou colocar aqui aos poucos o " Manual de Contra Revolução democrática" que escrevi à cerca de 2 anos e que é a nossa base programática para o qual agradeço os reparos necessários.

Devo dizer que no entanto optei por começar no principio, isto é explicar a origem de tudo ou seja se não se entender os ingredientes somos tentados a comer o bolo sem saber se nos faz bem ou mal, Por esse motivo começo pelos ingredientes e pelo modo como as coisas se constroem:

Introdução

Fez no dia 3 de Setembro de 2005 precisamente 12 anos que tomei a iniciativa de abandonar a confusão de Lisboa e me radicar na tranquilidade do campo.

Lisboa como outras capitais estava a tornar-se uma cidade opressiva sob muitos, aspectos, a poluição, a violência, a falta de comunicação e de humanidade entre as pessoas.
Apercebi-me nesse tempo que os males que estava a sentir não eram obra do acaso ou destino, mas faziam parte de um plano oculto de tomada de assalto do poder democrático, por parte de forças ditatoriais sem rosto, que criando condições adversas ao povo colocam na boca e na vontade deste, os pedidos de restrição à liberdade em nome da segurança, o povo manipulado pede mais controlo, medidas de vigilância em troco de uma aparente melhor segurança, que nunca terá pois isso faria perder a legitimidade do poder vigiar os seus cidadãos.

A democracia Grega que significa o governo do povo, deu origem à democracia latina, onde “demo” é igual a diabo e “cracia” igual a governo. Ou seja sem mentir nem enganar o povo na questão da nomenclatura, as sociedades actuais, dominadas pela partidocracia deram origem a uma terrível Oligarquia com meios nunca vistos para controlo dos cidadãos, uma verdadeira forma de governar diabólica, onde só sobrevivem os poderosos que sugam como vampiros o sangue de suas vítimas, o povo.
É a chamada democracia confiscatória, que usa todos os meios para submeter a iniciativa privada à pata do estado, nomeadamente através de uma pesada carga fiscal e de um complexo de leis onde ninguém se entende.

Esta nova ditadura sem rosto não permite ao povo viver mas sobreviver, dá-lhe um estábulo (apartamento), uma manjedoura e uma dose de ração diária que lhe permite arrastar-se no trabalho e na vida de modo a satisfazer os interesses da Oligarquia dominante.

A principal diferença que separa a Oligarquia do povo é que os Oligarcas conscientes da realidade fundam e reforçam o seu poder através da aquisição da propriedade, que significa o domínio da estrutura, enquanto que o povo se preocupa mais com as questões salariais.

O salário sendo importante é um pau de 2 bicos que quando bem usado pelos Oligarcas reverte sempre a favor destes.

O povo quando tem mais dinheiro, compra o que não deve recorrendo a empréstimos que o tornam mais dependente da Oligarquia dominante.

Ao longo dos séculos e da história o povo foi “consciencializado” pelas elites dominantes que “ quando as moscas mudam, para o povo a m…. é a mesma” pelo que o povo vai sendo desmotivado a tomar parte activa na vida politica do país, ficando os partidocratas senhores absolutos do poder. Ao povo resta a triste alegria de poder falar, embora na realidade ninguém o ouça, os Oligarcas recitam amiúde o ditado árabe “ os cães ladram e a caravana passa” “ o povo ladra e nós fazemos o que queremos”.

Mas então que atitude tomar? Destruir a Oligarquia e a partidocracia?

Não essa será uma tarefa impossível, pois o poder existe onde existem 2 homens, um tentará sempre o domínio sobre o outro?

Se a destruição do poder é uma utopia então resta-nos apenas criar as condições em que o poder sirva o povo e não se sirva do povo e onde todos tenha oportunidades e igualdade perante a sociedade.

Será este o objectivo principal deste trabalho, ensinar como obter a liberdade e subjugar o poder, à verdadeira democracia, isto é à vontade do povo!
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 25 Abr - 10:35:04

A ORIGEM DO PODER

Onde existem 2 homens haverá poder, o poder é um pecado original que reside na própria dualidade humana, Adão simbolizava o homem completo. A partir do momento em que o ser humano é separado em duas polaridades (masculina e feminina) cria-se não só um estado de insatisfação permanente como essa insatisfação dá origem à demanda pelo estado original.

Na sua busca do estado original o homem tem de procurar a parte ou partes perdidas e nessa demanda o ser humano subjuga ou deixa-se subjugar pela sua ambição e oportunismo. Só os santos se libertam desta cadeia Satânica que é o poder, através da abnegação e amor ao próximo.

Como seres imperfeitos que somos muito longe do estado de santidade resta-nos a sabedoria para criar mecanismos de gestão de poder que possam dar igualdade de oportunidades a todos os integrantes da sociedade.

Desde o simples relacionamento a dois à complexa organização que é uma sociedade tudo é poder!

O Poder dá origem ou divide-se em sub poderes, O poder da fala e da escrita que nos educa e condiciona. O poder de quem julga, o poder do exercício do poder através da lei e da força, o poder da consciência social, o poder dos meios de comunicação, etc.

Onde o poder existe a liberdade a igualdade o amor e a fraternidade serão sempre uma concessão deste.

Mas afinal poderemos nós pobres mortais fazer recuar o poder até às fronteiras da decência? Podemos nós obrigar os políticos a respeitar a vontade da nação?

A resposta é sim! Pois sem o povo e sem a vontade deste expressa ou subjugada o poder não existe, quando um povo vira as costas ao poder, este cai como uma maçã podre da árvore.
Quando o poder se escuda em muitas leis como é o caso da partidocracia actual, indicia já um estado de decadência moral e social. Quando o poder não permite aos seus cidadãos a felicidade e liberdade (basta ver os milhares de Portugueses que tomam medicamentos anti depressivos) a inexistência de um sistema de saúde em condições que resolva os problemas das pessoas, falta de segurança e liberdade para andar nas ruas (pessoas tem medo dos assaltos e da violência descontrolada).

Quando o poder concede um salário, mas nega a propriedade de forma, a que o cidadão, no final do mês esteja de mãos vazias e mais dependente do poder.

Quando o poder coloca à disposição do cidadão os alimentos, o ar e a água contaminados com poluentes químicos que passados anos dão origem a doenças, que tornam o cidadão dependente dos sistemas de saúde onde esgota os recursos financeiros próprios e do estado.

Quando o poder nos concede o voto, mas nos condiciona na escolha dos eleitos e logo que legitima a tomada dos órgãos de soberania pelo sufrágio universal, passa a agir não a favor do povo, mas na lógica da manutenção do poder.

Então quando chegamos a este ponto podemos dizer, sem pudor que o poder já não serve a sociedade. É pois chegada a hora de despertar a sociedade, para que se consciencialize dos seus males, para que se regenere e para que imponha limites ao poder, que possam dar a liberdade e emancipação aos cidadãos, tornando-os homens livres e de pleno direito.
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 25 Abr - 10:35:48

Capitulo 1
Liberdade e Oportunidade


A partidocracia instalada é uma ditadura sem rosto e sem vergonha, que não permite aos cidadãos viver livremente a sua vida, pelo contrário o condiciona, psicológica, legal e fisicamente a uma vida não de acordo com a verdade, não de acordo com a essência e natureza humana, mas condiciona a vida dos cidadãos às modas impostas pelos servidores do poder, os “opinion makers” quem não estiver na onda, já não é fixe é olhado de lado. Esta onda serve apenas os senhores do consumismo que procuram criar no povo determinadas necessidades consumistas para vender determinada ideia ou produto, claro sempre a favor dos fortes em detrimento dos fracos.

Recorda-me uma experiência que tive em jovem a respeito do ser igual aos outros. Entrei num aviário de galinhas e fiquei muito surpreendido pelo facto das galinhas serem castanhas, pois sempre tinha a ideia que as galinhas de aviário eram brancas, o proprietário informou-me que não era importante a cor desde que fossem todas iguais, se ele colocasse meia dúzia de galinhas brancas no meio daquelas 3000 castanhas, estas imediatamente matavam as brancas por não estarem no tom.

Então o que devemos procurar e quais as correntes que devemos quebrar?

A meu ver devemos acima de tudo procurar e conquistar a liberdade de vivermos a nossa vida e não a vida que nos querem gradativamente impor e tal só é possível quando todos tivermos à nascença oportunidades iguais de desenvolvimento do nosso potencial e capacidade de realização enquanto seres humanos.

Imaginemos 2 crianças, uma medianamente inteligente nascida numa família rica e outra muito inteligente nascida numa família pobre, à partida a lógica instalada, que temos de quebrar, fará com que o rico chegue a lugares de topo e o pobre não passe da cepa torta. Os ricos são pela sua natureza detentores da propriedade e compradores de trabalho enquanto que os pobres são naturalmente vendedores de trabalho.

Uma pequena mas verdadeira história; conta-se que um campeão de xadrez viajava de comboio pela Rússia e sentou-se na sua frente um pastor, o pastor reconheceu-o e desafiou-o para uma partida de xadrez. O campeão após muita insistência acedeu a jogar com o pastor, para não parecer mal-educado pensando arrumar o assunto num instante. O pastor vence o campeão em poucas jogadas, desta vez é o campeão que pede desforra e já com mais atenção ao jogo é novamente derrotado em poucas jogadas. Finalmente já desesperado insiste para nova partida e é novamente derrotado apesar de ter dado o seu melhor. O pastor chega ao seu destino, despede-se do campeão e volta para a sua vida.

Podemos constatar no dia a dia histórias semelhantes, em que pessoas que não valem nada pelo simples facto de terem nascido ricas se tornam poderosas e pessoas cheias de potencial e talento nunca conseguem desenvolver essas suas qualidades, por serem segregadas socialmente ao longo da vida, desde a mais tenra idade pelas condições que a própria vida financeira e existencial impõe, e enquanto assim for não é possível qualquer forma de democracia.

Não nos podemos contentar com a aparente liberdade de votar nos pré seleccionados pelo poder, temos de ir mais longe, temos de entender os mecanismos pelos quais as coisas se perpetuam ainda que com outra aparência, faça-se uma análise histórica e ver-se-á que os apelidos dos que atingem os lugares de poder, mesmo quando o regime aparentemente muda, são os mesmos ao longo de centenas de anos.
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 25 Abr - 10:36:41

Capitulo 2
O potencial do individuo

Cada indivíduo detém um conjunto de poderes potenciais à nascença que de acordo com o meio envolvente em que é criado, se vão desenvolver mais ou menos.

Estes poderes potenciais são o Físico, o Intelectual, o Emocional, o Espiritual.

O poder físico tem haver com a força do indivíduo, a sua capacidade de criação e transformação da matéria e do ambiente natural que o rodeia.

O poder intelectual tem haver com a sua capacidade de apreensão e interpretação do mundo em seu redor e a sua capacidade de criar e encontrar soluções para os desafios que esse mundo lhe coloca.

O poder emocional tem haver com a forma como o indivíduo interage com os seus semelhantes do ponto de vista das relações desde a célula familiar, ao grupo em sentido restrito ou alargado como a egregora da nação.

O poder espiritual refere-se à força interior de cada um e a sua ligação e interligação com a energia divina. A fé onde se encontram muitas vezes as reservas de força anímica que nos permite a sobrevivência em momentos desesperantes.

O poder intelectual, emocional e espiritual dá origem a um outro poder, que é o da criatividade (artística, cientifica, etc.).

Na generalidade dos casos estes poderes multiplicam-se exponencialmente se o indivíduo se associar aos seus semelhantes, duas pessoas levantam mais facilmente 100Kg que cada uma, separadamente. Também dois indivíduos têm mais possibilidade de solucionar um problema uma vez que são duas cabeças a pensar na solução.
Por outro lado como cada individuo tem tendência para desenvolver mais certas aptidões, existe uma necessidade natural e intuitiva dos seres humanos se associarem, quantos mais indivíduos se associarem para a realização de uma tarefa, maior potencial de resolução e maior encurtamento de tempo de resolução da tarefa.

Quando o número de participantes aumenta existe uma necessidade natural da organização com vista à eficácia, é a partir desta necessidade de eficácia que surge a concentração do poder de comando em um ou poucos intervenientes, ao mesmo tempo que se organiza e dividem as tarefas do grupo de acordo com aptidões de cada membro.

Esta primeira forma de poder de comando é a primeira forma de limitação da liberdade individual, onde o indivíduo perde um pouco da sua liberdade em troca dos benefícios que o grupo oferece.
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MensagemAssunto: Re: Monarquia Social   Monarquia Social EmptyQua 25 Abr - 10:38:01

Capitulo 3
Interacção Social

Por que é que não vivemos sozinhos?
Como já vimos no capítulo anterior a associação dos humanos em grupos, permite uma melhor eficácia na sobrevivência e satisfação das necessidades. Cada ser humano tem objectivos em diferentes áreas da vida e por esse motivo se associa aos seus semelhantes com vista à realização desses objectivos, a família, o clube, a escola, o emprego, o partido, a nação, etc.

Cada uma dessas associações reveste maior ou menor importância de acordo com a satisfação da necessidade e objectivos do indivíduo/os que a integram.

Desde que nasce o homem tem um conjunto de necessidades a satisfazer e que se prolongarão ao longo da vida.

As primeiras necessidades são as necessidades vitais, o ar que respira, a água que bebe e o alimento que o nutre, acrescenta-se a esta necessidade o agasalho para o proteger das variações térmicas.

Mais tarde o homem começa a ter consciência da vida e a noção de liberdade.

As segundas necessidades correspondem à satisfação das primeiras ao longo de toda a sua vida.

Finalmente as necessidades terciárias, que correspondem à realização pessoal, ao poder, ascensão pessoal e profissional no meio em que está inserido.

As nações tiveram a sua origem na necessidade de um grupo de humanos satisfazer as necessidades básicas (viver, ser livre dentro do grupo a que pertence, obter alimentos e defesa contra o exterior) Esta defesa contra o exterior no fundo cria-se a partir do desenvolvimento cultural, já que aquilo que diferencia os grupos humanos uns dos outros é a cultura, entendemos por cultura, a língua, as soluções que cada sociedade encontrou para se adaptar ao meio em que vive, a arte, a religião, as crenças, etc.

O surgimento das nações criou um conflito entre a liberdade individual e a necessidade de eficácia social.

Por exemplo, em caso de agressão externa o estado tem o poder de enviar os seus homens para a guerra, tendo nessa altura poder sob as suas vidas, uma vez que os soldados o são muitas vezes por obrigação e obediência, inquestionável e não por convicção. O indivíduo perde a sua liberdade individual para a sacrificar pela manutenção da liberdade da nação.

A organização de um exército cria cadeias intermédias de comando e nos dias actuais ainda é importante a acção politica e diplomática que cria uma enormidade de poderes intermédios de gestão da eficácia social, muitas vezes estes poderes não são concordantes entre si.

A solução deste conflito de interesses entre a liberdade individual e a eficácia do sistema, não tem solução, pois se o sistema se torna ineficiente um estado é tomado por outro estado e como dizia Júlio César “ Ai dos vencidos”.

A perda da eficácia do sistema é a ruína do mesmo, na medida em que os cidadãos deixam de conseguir satisfazer as suas necessidades. Não satisfazendo as necessidades básicas o cidadão não consegue atingir a felicidade nem criar ou desenvolver objectivos que o elevem culturalmente.

A eficácia do sistema limita a nossa liberdade, mas ao mesmo tempo dá-nos estabilidade e tranquilidade.

Como já percebemos o sistema e as suas diferentes cadeias de comando (Governo, políticos, militares, estado) tem muitas vezes interesses conflituosos entre si e quem paga sempre a factura é o sacrificado cidadão.

O estado escuda-se em velhas fórmulas, pois é mais fácil restringir a liberdade do cidadão do que optimizar a eficiência da pesada máquina estatal. Do ponto de vista técnico só existe uma fórmula para quebrar a formação de elites hereditárias, na máquina estatal que é dar a igualdade de liberdade e oportunidade a todos os cidadãos, através da criação de regras transparentes onde as cunhas e outros vícios do sistema sejam impossíveis e onde não haja qualquer tipo de discriminação.
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