- leònidas_ escreveu:
- O caro David Garcia tem toda a razão, a fidelidade
humana ao Estado não pode ser confundida com fidelidade canina, que
normalmente pende para quem segura a carne...ou por acaso o juramento
de bandeira é apenas uma cerimónia "gira"
O meu amigo tem uns exemplos giros...
- leònidas_ escreveu:
- Qualquer
juramento ao Estado é para cumprir não é discutivel e o seu
incumprimento é punivel...ou por acaso gostariam de ver a classe
politica vender o pais só porque era favorável na altura ? não é á toa
que a unidade territorial faz parte do juramento
Infelizmente apenas cumprem aqueles que não têm poder nenhum, mas para
já lhe digo, para mim todos os tipos de juramentos são compulsivos, por
isso não os faço por dar cá aquela palha.
Nem estou, creio eu, a despeitar quem prestou juramento... apenas
questiono até onde se está disposto a ir, para que se possa saber o que
se poderá fazer em conjunto com os mesmos. Não acha que tenho razão?
- leònidas_ escreveu:
- Contráriamente
aquilo que o caro Izz pensa a monarquia tem no chefe de Estado a figura
inquestionável do regime....o Rei D. Manuel II jurou a carta e
manteve-se fiel a esta até morrer...um juramento não é algo que se
quebre só porque nos apetece, nem o orgulho pessoal está acima do
protocolo...
Lol, muito mal me conhece o meu caro. Para mim todo o Regime tem na fígura do Chefe de Estado a fígura principal do Regime.
A questão está:
1º Essa fígura não está definida de forma clara e inequívoca para o
advento de uma Monarquia, ou não estariamos aqui a debater a sucessão.
2º Enquanto não se puderem processar todos os trâmites para a
entronização de um Soberano de Portugal, não há mais que Pretendentes,
sejam estes o zé da esquina ou o filho de um Rei.
Para que exista um Soberano, tem-se de se seguir a legalidade do Estado
e esta implica uma série de procedimentos que por agora nos estão
impossibilitados e é com base nisso que se pergunta aqueles que já
tomaram uma decisão quanto a este caso, se estarão dispostos a
trabalhar com quem ainda não tomou e se aceitarão deixar esta questão
para quando essa impossibilidade deixar de ser uma realidade.
Já agora, tenho as minhas dúvidas quanto à imagem de D. Manuel II que pinta.
SE este seguiu até à morte a carta, das duas uma. Ao legar em
testamento a sua herança na maior parte ao Estado Português e não ao
seu sucessor presuntivo, estáva a reconhecer que a Monarquia não
voltaria a Portugal ou negociava em segredo com o presente Regime a
governar Portugal para que se permitisse o regresso da família Real
Portuguesa a Portugal de modo a que estes pudessem continuar a ser uma
alternativa viável ao Regime Republicano.
Como ficamos na sua opinião?
D. Manuel II era inflexível e pensou que a Monarquia não voltaria mais
a Portugal ou que caberia à República permitir o eventual regresso a
uma Monarquia quando estes se tivessem dado conta do seu erro?
- leònidas_ escreveu:
- Relativamente ao caro Nuno Cardoso da Silva, o
regime monárquico não se resume á discussão do Rei que mais gostariamos
de ter mas na estrutura que a monarquia possibilita, quando se trata de
satisfazer as aspirações e necessidades do povo...o facto de não haver
discussão sobre a chefia do Estado é uma das grandes vantagens (a longo
prazo)
Se começamos a questionar o direito de reinar antes durante
e depois do começo do reino estaremos a por em causa a própria genese
da monarquia..ou seja se calhar atér somos republicanos que gostariam
de ver mandatos de mais de 10 anos ( o que seria uma excelente opção
para que tão veemente questiona D. Duarte ) e tem nas republicas
soviéticas um excelente exemplo...monarquia não hereditária
eu realmente gosto dos seus exemplos lol... Mas tem toda a razão quando
fala que a Monarquia não se resume à discussão do Rei... e se é que não
se deu conta, é isso que temos tentado fazer. Infelizmente a maioria
dos que aqui vem, insiste em trilhar por essa discussão.
- leònidas_ escreveu:
- Quanto
á cara beladona que gosta muito de falar em sapos....engolir "sapos" é
uma das facetas chatas da realidade...passamos a vida a faze-lo, quer
seja em republica ou monarquia...menos no mundo encantado da
Disney...
Efectivamente quando fala a voz da experiência, temos de aceitar as posições de quem tem conhecimento de causa.
Felizmente ou infelizmente, eu sigo a tendência do "Não engolir Sapos",
foi um dos valores que os meus pais me ensinaram e é bom ver que não
sou o único
Um abraço,
IzNoGuud