"O que podemos dizer, isso sim, é que há uma certa tendência para a "necessidade" de um Rei quando a nação tem problemas étnicos e necessita de uma entidade "supra-étnica" para a sua "unificação" como Nação. Esse é sem dúvida o caso da Bélgica ou da Espanha e em certa medida do Reino Unido. Já no caso japonês ou escandinavo esse argumento falha. Contudo, penso que seja legítimo afirmar que Portugal "não sente a falta" de um Rei: somos a Nação com as fronteiras há mais tempo definidas no tempo do mundo (sim, mesmo o Japão esteve várias vezes dividido durante séculos sem uma "união nacional", apesar de ter uns 5000 anos de história quando comparados com os nossos míseros 850...). Isto significa que nos identificamos de tal forma com os nossos limites geográficos e o espaço onde habitamos que não "precisamos" de uma meta-entidade que simbolize a nossa união... "