Países mais pequenos que o nosso têm este tipo de autonomia e não
enfrentam problemas de desagregação ou de bairrismos exarcebados.
A temática centralista põe o ponto de decisão demasiado afastado do
terreno, dando pouquíssimo espaço de manobra às autarquias e nem as
CCR's conseguiram colmatar o problema da interiorização.
Penso que o reforço do municipalismo, dando maior liberdade de decisão
aos municípios, tendo as CCR's como órgãos reguladores regionais,
dividindo o país em não mais que 6 regiões, pode fazer aproximar as
soluções dos problemas.
Vista a coisa ainda por outro prisma, a autodeterminação dos povos é
uma realidade inexistente em Portugal, a força centralizadora é por ela
própria a responsável por maiores investimentos nas áreas mais
desenvolvidas em detrimento das mais interiores, por uma questão de
contabilidade eleitoral central, logo a forma de promover o
desenvolvimento do interior e equilibrar as diferenças
Lisboa/Porto/resto do país é pondo na mão do cidadão local as rédeas do
seu próprio governo.
Eu votei "não" no referendo da regionalização porque aquele cenário não
me agradava. Pode ser que o próximo cenário seja mais! Aguardemos.