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Nós seremos livres, nosso rei será livre, nossas mãos nos libertarão
 
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 Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte

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MensagemAssunto: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptyDom 23 Set - 22:41:04

Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte



Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte MaquiavelBobinHobbes
Os grandes acontecimentos produzidos na história da humanidade são produto ou da «revolução» ou da «evolução». No início da Época Moderna encontramos a raiz do pensamento absolutista e contra-revolucionário através de três brilhantes pensadores que se destacaram no campo das ciências políticas: Nicolau Maquiavel, Jean Bodin, e Thomas Hobbes. Os três sustentaram doutrinas que justificaram o espírito do absolutismo segundo uma filosofia natural. Maquiavel estava preocupado com o problema da natureza humana; Bodin advogava que o soberano devia obedecer à Lei Divina e à Lei da Natureza; Hobbes encontrou na Lei Natural a motivação racional que permite que o homem alcance a segurança e a paz.

O primeiro, cronologicamente falando, deste trio superiormente dotado pela força da razão foi Nicolau Maquiavel (1469-1527). Filósofo e político, nasceu em Florença na Itália, destacou-se como um dos mais originais pensadores do Renascimento. Sendo uma figura brilhante, Maquiavel foi o pensador mais odiado e incompreendido durante os séculos XVI e XVII e o mito, separação da moral pessoal da razão de estado, manteve-se até aos dias de hoje. A fonte deste engano é o seu mais influente e lido tratado sobre a forma de governar, O Príncipe, um livro que serve de receita política para a manutenção dos governos fortes e da ordem que proporcionam. Destaca-se o exaltar da chamada razão de Estado: o Estado há-de ser forte; o governante há-de ser astuto; os direitos dos indivíduos estão subordinados à razão da união, da defesa e controlo de toda a sociedade. O elemento essencial do Estado é a força. A tradição política ocidental ligava a ciência e a actividade política à ética. Aristóteles tinha elaborado esta posição quando definiu a política como uma mera extensão da ética. Maquiavel foi o primeiro a discutir a política e os fenómenos sociais nos seus próprios termos sem recurso à ética ou à jurisprudência. A harmonia da esfera pública era o seu objectivo, porém tinha um preço. De facto pode-se considerar Maquiavel como o primeiro pensador Ocidental de relevo a aplicar o método científico de Aristóteles e de Averróis à política. Para Maquiavel a política era uma única coisa: conquistar e manter o poder da ordem e a autoridade. Maquiavel tece elogios aos vencedores, mostra admiração por figuras como o Papa Alexandre VI e Júlio II devido ao seu extraordinário sucesso militar e político. A sua recusa em permitir que princípios éticos interferissem na sua teoria política marcou-o durante todo o Renascimento. Maquiavel foi um defensor do Estado forte. Maquiavel apresenta soluções cirúrgicas face ás rebeliões: “os povos revoltados devem ser amputados antes que infectem o Estado inteiro”. Maquiavel premeia a virtude identificando-a com o carácter, a força e o cálculo. Maquiavel, do ponto de vista do termo pejorativo «maquiavélico», comparado com os sanguinários revolucionários dos séculos seguintes foi um santinho, pois enquanto este visava um poder que proporcionasse ordem política, devido à desintegração da ordem medieval cristã, os revolucionários visaram sempre o alcance do poder para instaurar valores individualistas, totalmente destruidores do bem comum, de forma a que as suas panças se dilatassem no luxo e na chafurdice da imoralidade.
Seguem-se alguns pensamentos de Maquiavel:

Vale mais ser temido que ser amado.

Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.

Os homens ofendem mais ao que amam do que ao que temem.

Nada faz o homem morrer tão contente quanto o recordar-se de que nunca ofendeu ninguém, mas, antes, beneficiou a todos.

Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos.

Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios.

O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons.

Todos vêem aquilo que pareces, poucos sentem o que és.

Onde a força de vontade é grande, as dificuldades não podem sê-lo.

Jean Bodin (1530-1596), jurista, teórico do absolutismo, inventor do princípio de separação entre Estado e governo, precursor do Mercantilismo, nasceu em Angers na França. É considerado por muitos, o pai da Ciência Política devido à sua teoria sobre a soberania. Baseou-se nesta mesma teoria para afirmar a legitimação do poder do homem sobre a mulher, da monarquia sobre a gerontocracia. Numa época em que os homens olhavam para a antiguidade clássica por prazer estético, Bodin mostrou que dessa mesma fonte poderiam ser retiradas lições de história, de política, e de moral. No entanto, ao contrário da maioria dos intelectuais do seu tempo, que se confinaram à observação da antiguidade grega e romana, Bodin inspirou-se também na história moderna da Alemanha, da Inglaterra, da Espanha, e da Itália. Através do seu Methodus ad facilem historiarum cognitionem ("Método para um conhecimento fácil da história") de 1566, lançou os fundamentos da Filosofia da Historia. Bodin subordinou a sociedade à lei divina e à lei natural.
Na publicação Les six livres de la Republique, Bodin estabelece a natureza do Estado, a sua finalidade, o seu fundamento na família, a cidadania. Segue Aristóteles ao sustentar que o grupo familiar, e não o indivíduo, é a unidade a partir da qual a comunidade se constitui. Defende que todo o poder vem de Deus e que os cidadãos devem ser governados independentemente da sua vontade. Abomina a desordem e o caos oferecido pelos anarquistas do seu tempo. A sociedade civil deve ser modelada na sociedade natural da família, pois nenhum pai é apontado pelos seus filhos para os governar. Seria uma loucura um pai entregar os filhos à sua sorte e não os proteger. Os povos necessitam vitalmente da protecção de um líder carismático. Bodin enfatiza que, se o soberano é absoluto em relação ao súbdito, não o é em relação a Deus. O soberano não é consequentemente a lei, ele próprio, mas o instrumento da lei divina, a cujos princípios os decretos do soberano se devem conformar. A mais séria oposição ao exercício arbitrário do poder absoluto é a obrigação do soberano de manter os compromissos assumidos com os seus súbditos, pois isto é exigido pela Lei Divina e pela Lei Natural. Assim, toda lei que for o resultado de um acordo entre o soberano e seus súbditos através dos Estados Gerais deve ser respeitada. Se a ordem for mantida, os súbditos não têm nenhum direito de rebelar-se contra o soberano.
Para Jean Bodin os partidos políticos não devem existir, somente devem ser aceites uniões profissionais. Não está preocupado com a teoria, mas com a prática do governo. Discute as revoluções, quais as suas causas e como evitá-las. As leis que governam a distribuição da propriedade, opõem-se ao confisco de património, por maior que seja a necessidade do tesouro, é contra a venda de cargos públicos. Foi também um teórico da arte da guerra. Aborda o papel da Igreja, argumentando que tem um dever e um lugar dentro do Estado. Os impostos devem incidir sobre os artigos de luxo porque a maneira mais eficaz de combater a auto-indulgência e os hábitos viciosos é torná-los mais caros. O microcosmo deve reflectir o macrocosmo, e assim, uma vez que o universo está sujeito à única majestade de Deus, assim a sociedade está sujeita à única e soberana majestade do príncipe. O aspecto central do seu pensamento político é a sociedade patriarcal. O princípio de sustentação do domínio do homem é, para Bodin, um princípio de superioridade moral, identifica a mulher com o físico e com a paixão, nas suas próprias palavras, com a "cupidez bestial", o homem é identificado com a razão e a espiritualidade. A base do Estado é a família, que tem no seu chefe, o pai, a expressão do poder de Deus. A esposa deve obediência ao marido, o poder paterno vem directamente da natureza.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo diametralmente oposto às ideias iluministas do revolucionário Jean-Jacques Rousseau, foi um fortíssimo defensor da monarquia inglesa. Sustentou que o homem nasceu para o mal. Leviatã é o seu livro mais famoso, o título deve-se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, que trata da estrutura da sociedade organizada, ensina a forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Thomas Hobbes alega que os humanos são egoístas por natureza. No íntimo da sua natureza, os homens tenderiam a guerrear entre si, seria a luta de todos contra todos. Assim, para não nos exterminarmos uns aos outros será necessário um contrato social que estabeleça a paz, a qual levará os homens a abdicarem da guerra contra outros homens. Egoístas que são, os homens necessitam de um soberano (Leviatã) que puna, castigue, todos aqueles que não obedeçam ao contrato social.
Pensamentos e soluções de Thomas Hobbes:

As soluções autoritárias visam conquistar a paz dentro de cada nação;

O mercado pode existir, e dentro do qual o capitalista poderá prosperar, mas de nenhum modo é um típico estado capitalista e burguês;

Não há pacto com Deus a não ser através da mediação de alguém que represente a pessoa de Deus;

O poder do soberano não é tão prejudicial como a sua falta;

As questões de Estado consistem em manter o povo em paz no interior, e defende-lo de invasão estrangeira;

A lei não foi trazida ao mundo para nada mais senão para limitar a liberdade natural dos indivíduos, de maneira tal que eles sejam impedidos de causar dano uns aos outros, e em vez disso se ajudem e unam contra um inimigo comum;

Povo fraco aquele cujo soberano carece de poder para governar à sua vontade;

Atribuir figura a Deus não é honra-lo, pois toda a figura é finita;

O homem é lobo para o homem (deu a História de Caim e Abel como exemplo);

Faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti (resumo das leis da natureza);

Quando algo se constrói sobre falsos fundamentos quanto mais se constrói maior é a ruína;

Por Deus entendemos a causa do mundo, dizer que o mundo é Deus é negar Deus.


Para reflectir:
Porque é que a nossa, em tempos, Grande Nação, Portugal, não tem um Astronauta Cósmico que nos retire do lamaçal da terra queimada e nos projecte para o brilho do céu estrelado?


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MensagemAssunto: Re: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptyDom 23 Set - 23:19:16

Caro Nacionalcristão,

Excelente trabalho, gostei particularmente do pensamento:

"Quando algo se constrói sobre falsos fundamentos quanto mais se constrói maior é a ruína! " Lembro-me logo a história do www.reifazdeconta.com e do grande estoiro que se avizinha!


Porque é que a nossa, em tempos, Grande Nação, Portugal, não tem um Astronauta Cósmico que nos retire do lamaçal da terra queimada e nos projecte para o brilho do céu estrelado?

Mas nós temos um Astronauta Cósmico, basta ler a mensagem do Fernando Pessoa na 3ª parte do Encoberto, está la tudo o que precisa para o identificar, mas deixo-lhe aqui umas dicas:
NEVOEIRO




Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.





Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro

Ó Portugal, hoje és nevoeiro…



É a hora!




Triste de quem vive em casa,

Contente com o seu lar,

Sem que um sonho, no erguer de asa,

Faça até a mais rubra a brasa

Da lareira a abandonar!



Triste de quem é feliz!

Vive porque a vida dura.

Nada na alma lhe diz

Mais que a lição da raiz –

Ter por vida a sepultura.



Eras sobre eras se somem

No tempo que em eras vem.

Ser descontente é ser homem

Que as forças cegas se domem

Pela visão que a alma tem!
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MensagemAssunto: O Encoberto   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptyDom 23 Set - 23:29:56

Screvo meu livro à beira mágoa.

Meu coração não tem que ter.

Tenho os meus olhos quentes de água

Só tu, Senhor, me dás viver.



Só te sentir e te pensar

Meus dias vácuos, enche e doura.

Mas quando quererás voltar?

Quando é o Rei? Quando é a hora?



Quando virás a ser o Cristo

De aquém morreu o falso Deus,

E a despertar do mal que existo

A Nova Terra e os Novos Céus?



Quando virás, ó encoberto

Sonho das eras português

Tornar-te mais que o sopro incerto

De um grande anseio que Deus fez?





--------------------------------------------------//----------



O ENCOBERTO:



Que símbolo fecundo

Vem na aurora ansiosa?

Na Cruz Morta do Mundo

A Vida que é a Rosa



Que símbolo divino

Traz o dia já visto

Na Cruz, que é o destino

A Rosa que é o Cristo.

Que símbolo final

Mostra o Sol já desperto

Na Cruz morta e fatal

A Rosa do encoberto



---------------------------------------//---------------------



As Ilhas afortunadas:



São ilhas afortunadas

São terras sem ter lugar,

Onde o Rei mora esperando.

Mas se vamos despertando,

Cala a voz, e há só o mar.



---------------------------------//-------------------------



Calma



Que costa é que as ondas contam

E não se pode encontrar

Por mais naus que haja no mar?

O que é que as ondas encontram

E nunca se vê surgindo?

Este som de o mar praiar

Onde é que está existindo?



Ilha próxima e remota,

Que nos ouvidos persiste,

Para a vista não existe.

Que nau, que armada, que frota

Pode encontrar o caminho

À praia onde o mar insiste,

Se à vista o mar é sozinho?



-----------------------------//--------------------------



Haverá rasgões no espaço

Que dêem para o outro lado

E que, um deles encontrado,

Aqui onde há só sargaço,

Surja uma ilha velada,

O país afortunado

Que guarda o rei desterrado

Em sua vida encantada?



--------------------------//----------------------------



O desejado:



Onde quer que entre sombras e dizeres

Jazas remoto, sente-te sonhado



E ergue-te do fundo de não – seres

Para o teu novo fado!



Vem Galaaz com a pátria, erguer de novo,

Mas já no auge da suprema prova

A alma penitente do teu povo

À eucaristia Nova



Mestre da paz, ergue o teu gládio ungido,

Excalibur do Fim, em jeito tal

Que sua Luz ao mundo dividido

Revele o santo Graal!



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MensagemAssunto: Re: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptyDom 23 Set - 23:45:38

A sua sugestão para a descoberta do Astronauta cósmico num clima encoberto pelo nevoeiro, perigosamente radioactivo que nos cerca, não se adivinha fácil. É um grande desafio, talvez a reflexão deixe levantar o véu ao que de momento se mostra turvo.

De louvar a prontidão com que respondeu à questão, pois a solução não se apresenta fácil, pelo menos aparentemente.
A sugestão para a leitura da Mensagem de Fernando Pessoa também é de aplaudir.

Agradeço a valorização do trabalho.
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MensagemAssunto: re   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptyDom 23 Set - 23:53:55

Pois medite nas várias caracteristicas do encoberto/ desejado e olhe para a sua esquerda quando estiver a ler os meus posts. Os grandes segredos são os que estão guardados aos olhos de todos!
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MensagemAssunto: Re: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptySeg 24 Set - 1:23:09

Valdez escreveu:
Pois medite nas várias caracteristicas do encoberto/ desejado e olhe para a sua esquerda quando estiver a ler os meus posts. Os grandes segredos são os que estão guardados aos olhos de todos!

Você tem uma obsessão peculiaríssima pelo Sr. Poidimani!

Além do mais, confundir poesia com profecia e descontextualizar Pessoa como faz costuma ser um dos sintomas desse tipo de obstinação patológica.

Ao menos as palavras da Mensagem já leu por alto. Está no bom caminho para a purificação interior. Aconselho-o também a saborear Eugénio de Andrade.

Como é italiano, transcrevo estes deliciosos e geniais versos:

Roma
Era no verão ao fim da tarde
como Adriano ou Virgílio ou Marco Aurélio
entrava em Roma pela Via Ápia
e por Antínoo e todo o amor da terra
juro que vi a luz tornar-se pedra.
Se achar muito difícil pode começar por exercícios mais simples:

Província
Meu casto,
puro amor provinciano,
não percas tempo
acendendo velas
no teu oratório:
nenhum santo
nem eu
estamos na disposição
de fazer o milagre
do teu casamento.
Mário de Sá-Carneiro também é prodigioso, e contemporâneo de Pessoa:

O FANTASMA
O que farei na vida - o Emigrado
Astral após que fantasiada guerra -
Quando este Oiro por fim cair por terra,
Que ainda é oiro, embora esverdinhado?
(De que Revolta ou que país fadado?...)
Pobre lisonja a gaze que me encerra...
- Imaginária e pertinaz, desferra
Que força mágica o meu pasmo aguado?...
A escada é suspeita e é perigosa:
Alastra-se uma nódoa duvidosa
Pela alcatifa - os corrimãos partidos...
- Taparam com rodilhas o meu norte,
- As formigas cobriram minha Sorte,
- Morreram-me meninos nos sentidos...
E para acabar, um último presente sá-carneiriano:

AQUELE OUTRO
O dúbio mascarado - o mentiroso
Afinal, que passou na vida incógnito.
O Rei-lua postiço, o falso atónito -
Bem no fundo, o cobarde rigoroso.
Em vez de Pajem, bobo presunçoso.
Sua alma de neve, asco dum vómito -
Seu ânimo, cantado como indómito,
Um lacaio invertido e pressuroso.
O sem nervos nem Ânsia - o papa-açorda,
(Seu coração talvez movido a corda...)
Apesar de seus berros ao Ideal.
O raimoso, o corrido, o desleal -
O balofo arrotando Império astral:
O mago sem condão - o Esfinge gorda...
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MensagemAssunto: re   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptySeg 24 Set - 9:52:19

Meu caro

São só estranhas e curiosas coincidencias


Rosário quer dizer campo de rosas;

Ora o encoberto é identificado 3x com rosa.

Depois a identificação do desejado com uma ilha próxima e remota, D. Rosário nasceu em Siracusa Sicilia. Terra de Pitagoras http://www.prof2000.pt/users/hjco/Pitagora/pg000005.htm

Haverá rasgões no espaço

Que dêem para o outro lado

E que, um deles encontrado,

Aqui onde há só sargaço,

Surja uma ilha velada,

O país afortunado

Que guarda o rei desterrado (quer dizer que o rei não está em Portugal, mas em outro país e chegará pelo espaço- avião obviamente)

Em sua vida encantada?

http://homepage.mac.com/mikeharland/dtup/litbits/mensagem/mens_332.html

A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.

O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;


Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar 'sfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.

O rosto com que fita é Portugal.




Também não deixa de ser curioso o facto de N.ª Srª de Fatima ter dito aos pastorinhos que o Rosário salvaria Portugal.


http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=1310


Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria


http://raiodesol.no.sapo.pt/versao_diplomatica.htm

Um grande castigo cairá sobre o género humano, não hoje nem amanhã, mas na segunda metade do século XX. Eu já o tinha revelado aos pequenos Melania e Maximino em “La Salette”, e hoje repito-te a ti, porque o género humano pecou e pisoteou o Dom que lhe tinham concedido. Em nenhum lugar do mundo há ordem, e Satanás reina sobre os mais altos postos, determinando a marcha das coisas. Ele, efectivamente, logrará introduzir-se até ao cume da Igreja. Ele logrará seduzir os espíritos dos grandes cientistas que inventam as armas, com as quais será possível destruir em poucos minutos grande parte da humanidade. Terá em seu poder os poderosos que governam os povos, e incitá-los-á a fabricar enormes quantidades destas armas. E se a humanidade não se opuser, estarei obrigada a deixar livre o braço de Meu Filho. Então ver-se-á que Deus castigará os homens com maior severidade, como não o tinha feito desde o Dilúvio.

Caro EGP isto são apenas conjecturas de quem gosta um pouco de simbologia e acredita que Portugal ainda vai ser grande aos olhos do Mundo.

Muito antes de ter dado por isto já apoiava SAR. D. Rosário por todos os motivos que estão expostos no site www.reifazdeconta.com E já há muitos anos que havia rompido com o Sr. Duarte aliás por escrito em carta que lhe enviei a partir do momento que não tive dúvidas que com esse senhor não iriamos a lado nenhum!
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MensagemAssunto: Re: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptySeg 24 Set - 19:53:46

Valdez, a sua posição não deixa de ser interessantíssima, o rosarismo é uma doutrina deveras singular. Talvez o Sr. Rosário seja a reencarnação de um grande português e, nesse caso, tenha a legitimidade espiritual para governar o país.

Lutemos pelo Quinto Império.

cheers
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MensagemAssunto: re   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptySeg 24 Set - 22:52:21

Ora aí está uma boa justificação!

É bem mais português que estas nascidos por aí que nos vendem a retalho às multinacionais e aos estrangeiros.

O D. Rosário tem uma dinamica que se nos calha a sorte de vir a ser rei, ninguém segura os portugueses!
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MensagemAssunto: Re: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte EmptyTer 25 Set - 0:08:18

Valdez escreveu:
Ora aí está uma boa justificação!

É bem mais português que estas nascidos por aí que nos vendem a retalho às multinacionais e aos estrangeiros.

O D. Rosário tem uma dinamica que se nos calha a sorte de vir a ser rei, ninguém segura os portugueses!


Especialmente se começarmos todos a falar aquela língua sexy.....o italuguês! Se isto já é o karma que é com as nórdicas, depois então nem sei quem fica cá para governar isto....
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MensagemAssunto: Re: Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte   Maquiavel, Bodin, Hobbes - Patriarcas do Estado Forte Empty

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