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 A educação espartana das aristocracias

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Daniel Santos Sousa
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A educação espartana das aristocracias  Empty
MensagemAssunto: A educação espartana das aristocracias    A educação espartana das aristocracias  EmptySex 13 Jun - 14:19:38

O debate dos orçamentos entre República e monarquia é talvez o mais comum, com o bom republicano constantemente a pregar a humildade e, quando muito, a austeridade do regime, argumentos que apenas correspondem ao folclore de certa propaganda jacobina, habituados a encontrar ilustrações plausíveis ao seu ódio pela instituição monárquica em exemplos refinados como a distante corte de Versalhes ou nas excentricidades dos Czares, na opulência do Palácio de Inverno, sem atender a realidades mais plausíveis.

Exemplos que os republicanos desconhecem, como Oscar da Prússia, filho de Guilherme II, homem de hábitos simples e verdadeiramente austero, viajava sempre em terceira classe. Uma vez, quando questionado sobre este seu modo de vida respondeu: "Não quero viver melhor do que qualquer dos meus soldados" (a descrição é feita por August von Kageneck, no seu livro "Lieutenant de Panzer").

Ou mesmo quem ler as memórias de Marion Donhoff, uma aristocrata prussiana nascida no castelo de Friedrichstein, pode constatar numa mesma acepção. No livro "Une enfance en Prusse-Orientale" Marion Donhoff descreve a educação severa, cheia de proibições, mas também a aptidão que tinham para as desafiar, ao mesmo tempo, a força dos laços que uniam os senhores aos servidores (cai por terra neste trecho o mito marxista da luta de classes, e note-se que Dunhoff além de aristocrata era uma mulher de esquerda, não tivesse sido ela uma das fundadoras do semanário liberal de esquerda "Die Zeit"), um mundo onde a nobreza tem tantos privilégios como consideráveis deveres, onde está banida a servidão do dinheiro. Danhoff resume numa frase esse estilo de vida: "uma mistura de despesas ostentatórias e de simplicidade espartana no dia a dia".

Otto von Habsburgo também recordava no seu livro "Mémoires d'Europe, Entretiens avec Jean-Paul Picaper", essa austeridade comum, a negação da ostentação, o sentido do dever e de respeito: "A minha avó materna tinha educado a minha mãe e os irmãos e irmãs segundo métodos quase espartanos, e essa tradição manteve-se em nossa casa. As recordações que me foram transmitidas não eram de brincadeiras nos palácios nem de festas brilhantes para jovens ociosos (...) a minha mãe e a minha avó do que falavam era de trabalho, trabalho e mais trabalho. Os estudos eram muito severos e, além disso, as crianças das família real tinham de coser, remendar e arranjar a sua própria roupa, incluindo as meias, e fazer o mesmo à das pessoas idosas ou doentes da aldeia onde viviam. (...)".
Claro que nem tudo era austeridade, um dos sobrinhos de Francisco José era conhecido como devasso e gastador, em oposição ao seu filho Carlos de Habsburgo-Lorena, esse sim homem de dever, com o verdadeiro espírito do soldado, que se tornará imperador em 1916.

Estes são talvez exemplos que faltem à lógica republicana. A diferença está entre uma Instituição antiga e enraizada na tradição do povo, que compreende o seu sentido de dever e fidelidade, face ao poder dos banqueiros, do novo-riquismo exibicionista, o individualismo das sociedades hodiernas cada vez mais corruptor, à ânsia de poder e falta de escrúpulos dos políticos que invadem o espaço mediático e fazem da política um circo.
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