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 Reis Músicos na Corte Portuguesa

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MensagemAssunto: Reis Músicos na Corte Portuguesa   Reis Músicos na Corte Portuguesa EmptyQua 27 Jun - 13:19:50

Viva!

Estudo no Conservatório Nacional e este ano, para a disciplina de História da Música, fiz um breve trabalho sobre um tema que - penso - muito vos interessará.

Segue adiante.
Até sempre,
Edward Gonçalves Pinto.


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os Reis músicOs




Abril de 2007


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[…] Muitíssimo, pois, há ainda a fazer

para que nos possamos considerar efectivamente um país musical

– entendendo-se por aí uma sociedade onde a arte dos sons

não é um acidente mas uma necessidade […]

Fernando Lopes-Graça




[…] Agora todos se calam para ouvir o segrel, a quem o Rei mandou cantar uma trova de seu pai […]. A sua voz e o seu encanto prendem as mulheres e abraçam Pedro e Inês no mesmo enleio porque a trova de D. Dinis parece feita para os dois […]


João Aguiar, Inês de Portugal








Apresentação

Este trabalho, cuja proposta de tema livre a partir do livro Inês de Portugal de João Aguiar foi direccionada para, neste caso, o 2º Ano da disciplina de História da Música, revelou por isto mesmo ser de difícil escolha, já que livro e plano curricular não coincidem em, aparentemente, nenhum tema ou abordagem histórico-temporal.

Apesar disso não são completamente inexistentes as referências ao mundo da música no livro, e uma das referências suscitou-me a curiosidade de investigar a sua real amplitude no decurso da história da monarquia portuguesa: a relação entre os reis e a música enquanto compositores, partindo do exemplo de D. Dinis.

Se é tida como consensual a ideia de que o país sofre de escassez de cultura musical, como reforça Lopes-Graça, supra-citado, como terá sido essa vivência de intimidade musical no seio das prioridades da corte ao longo dos anos? Se D. Dinis foi trovador, terá sido continuado nas gerações seguintes esse modelo educacional direccionado também, enfim, para as artes musicais? Terá sido fértil em dotes musicais a nossa realeza, mais do que apenas apreciadora e mecenática como sabemos que o foram todas as cortes europeias?























Dança Primeira

[Os dois Trovadores e a Indiferença ao Polifonismo]


Quando D. Afonso Henriques (1111(?)-1185) fundou a nação portuguesa, o território já possuía uma longa tradição musical, cuja linguagem sofria influências tão díspares como as da música greco-romana, hebraica, bizantina, milanesa, gálica, árabe e pagã (peninsular). Como é óbvio concluir, a fundação de uma nação é um período sempre conturbado, e perigoso demais para que o rei pudesse ocupar muito tempo com outras artes que não as da guerra e da política. Para isso seria preciso esperar não só por uma situação mais estável do país como pelo amadurecimento da música, incontestavelmente impulsionado pela influência francesa, com o canto trovadoresco: temos portanto o primeiro rei compositor como o nosso segundo monarca, D. Sancho I (1154-1211), cujos cantos de amor e cantigas saudosistas ganhavam corpo com o de então galaico-português.

O próximo rei de que há registo acerca do seu talento musical é o sexto ainda desta dinastia: D. Dinis (1261-1325), a quem o pai (D. Afonso III) primou pela educação: «[…] el Rei seu pai mandou criar em todas as boas artes necessárias a hum Príncipe […] Teve muito conhecimento de línguas, e lia com muita consideraçaõ os Poetas Latinos como aquelle que tinha inclinaçaõ á Poesia, em que fez grandes obras pelo tempo adiante[…]» (Frei Bernardo de Brito); «[…] Foi Mestre de Dom Diniz, alem de outros Sabios, que havia no reino, e outros Francezes que para este effeito se mandarão buscar, D. Aymerico, mais tarde bispo de Coimbra […]» (Bastos). Do arquivo da Torre do Tombo preservaram-se várias cantigas de amigo, cujo liricismo quase se torna paradoxo atendendo ao que era a Europa da época em termos bélicos e conflituais, mas é a prova de que os povos se começavam a espiritualizar e a mostar crescente interesse em formas de cultura e lazer aristocrático.

O filho de D. Dinis, D. Afonso IV (1290-1357), apesar de não ter descurado o financiamento da música (elevou a dez o número de cantores que deviam cantar-lhe diariamente a missa) não foi dotado para a composição musical, tão pouco o próximo descendente: D. Pedro I, o Cruel (1320-1367), e personagem principal do enredo do livro-chave deste trabalho, tinha por preferidos dois músicos que «tiravam sons estridentes de trombetas de prata» e que deram a um visitante inglês, Sir Mathew Gournay, uma terrível dor de cabeça e uma desagradável experiência, pelo que, para o acalmar, o rei teve de convocar dois outros músicos, tangedores de guitarra. D. Pedro I também não apoiou a prática polifónica nem contribuiu em nenhum sentido para a evolução desta música mais erudita que então se fazia pela Europa fora.


Entremez

[Amadurecimento Musical]


O início da segunda dinastia guarda para a História da Música Portuguesa um momento de raro interesse, não fosse o criticado um dos rostos que consideramos, nos dias de hoje, como um dos grandes vultos da música europeia. Disse D. João I (1391-1438), no seu «Livro de Montaria», e referindo-se aos latidos das suas matilhas de caça: «Guilherme de Machado nom fez tam formosa concordança de melodias». Apesar de tudo, é notável que em Portugal, tão desfavorecido geograficamente, houvesse já, pelo menos, conhecimento da Ars Nova. Não obstante D. João I favoreceu a música do seu tempo, segundo se depreende das também suas seguintes palavras: «Eu tive muito trabalho e despesa em pôr a minha Capela no estado em que agora está».

O seu filho, D. Duarte I (1391-1438), o Eloquente, escreveu no seu livro «Leal Conselheiro» dois capítulos de onde se conclui ter dado bastante atenção ao plano musical na Igreja: «[…] [é] muito necessário criarem-se moços na capela, e que sejam de idade de sete a oito anos, de boa disposição de vozes, e entender, e subtileza, e de bom assosego […]». D. Duarte chega ao pormenor técnico da maneira de bem produzir e emitir a voz, prescrevendo que não devem os cantores «cantar de língua» ou «de desvairamento de boca», mas somente «cantem de papo, cada um melhor que puder», dentre outros inúmeros aspectos a nível da interpretação e postura. Mas não foi compositor.

No reinado do seu descendente, D. Afonso V (1432-1481), pareceu também ter-se incrementado o grau de cultura musical e seu refinamento e europeização. D. Afonso V teve quatro mestres na sua educação infanto-juvenil, um deles exclusivamente de música (Tristão da Silva). Segundo Barbosa Machado, «[…] igualmente foy perito na Mathematica, que na Musica […]». O conseguinte reinado de D. João II (1455-1495) é importante por ser considerado, consensualmente, o florescer verdadeiro do renascimento musical em Portugal, e será mesmo preciso esperar até à última dinastia para descobrir talentos tais os que surgiram na primeira.







Dança Última

[ainda Renascimento, Barroco, Classicismo, Romantismo e Ocaso Monárquico]


D. João IV (1604-1656), o restaurador da independência portuguesa após o governo dos Filipes, foi deveras um dos caso mais interessantes e peculiares a nível de aptidão musical na cronologia monárquica portuguesa.

Segundo o cronista Sousa, «[…] Na conversação foy discreto, agudo, e prompto nas respostas, e naõ sendo as palavras as mais polidas, usava dellas com tal arte, e galantaria, que ainda se applaudem em muitos despachos, que se vem da sua própria maõ […] Amou a Musica com tanto gosto, e inclinação, que foy eminente nesta Arte […] todos os dias se levantava às cinco horas, e até às sete se empregava no estudo da Musica, depois continuava com os negócios, e governo de seus Reynos, e tanto que acabava de jantar, nas horas de sesta, que eraõ para o descanço, se empregava em provar as Musicas, que lhe vinhaõ de fora para ver as que havia de mandar cantar na sua Capella […]».

D. João IV recebeu aulas de música de Roberto Tornar e João Soares Rebelo. Atribuem-se a D. João IV dois motetes e uma Paixão segundo S. João a quatro vozes, que se cantava em tempos na Sé de Lisboa. Escreveu vários textos de interesse sobre música, bem como reuniu uma importantíssima biblioteca musical que incluía até originais de Palestrina, infelizmente destruída pelo terramoto de 1755.

D. João V (1689-1750) dispensa apresentações, e, apesar de não haver notícia de que tenha aprendido música, é commumente retratado como o mais «magnânimo» mecenas português em todas artes. Tentando elevar o esplendor da corte portuguesa ao nível da sumptuosa e ostensiva corte francesa de Luís XIV, rodeou-a não só de riquezas materiais incalculáveis (através do ouro do Brasil) como de uma esplendorosa companhia musical, composta de estrangeiros como Scarlatti e de estrangeirados, seus bolseiros em Itália. É a época também de Carlos Seixas e a época de fausto continuada por D. José I (1714-1777), embora não tão exageradamente. Ainda assim, segundo Wraxall, «[…] [D. José I] consagrava as noites à música, quer na Ópera italiana quer nas reuniões de família. Então, nenhuma casa real da Europa era tão apaixonada pela música, como a de Portugal. […]».

Será D. Pedro IV (1798-1834) o próximo grande músico, apesar da sua agitadíssima (e cheia de peripécias) vida política lhe tenha reservado apenas dez dias como rei de «Portugal e dos Algarves».

Segundo o cronista Pimentel, «[…] Intellectualmente, não se avantajava muito a seu irmão D. Miguel: tinha porém um certo pendor, não convenientemente cultivado, para as bellas-artes. Amava a musica, como um bom Bragança […] As aptidões musicaes de D. Pedro, mais tarde dirigidas pelo maestro Neukomm, produziram, que se saiba, uma obra em portuguez, composta em Pariz, varios trechos de musica religiosa, uma symphonia a grande orchestra, o hymno da Carta, e o novo hymno constitucional. […]». De facto, D. Pedro IV estuda, no Rio de Janeiro, com três notáveis mestres da Capela Real: Segismund von Neukomm (1778-1858), o melhor aluno de Joseph Haydn, Marcos Portugal (1762-1830) e o padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830). É, enfim, o rei português com mais obra escrita, e mais importante. Para além do já referido Hino da Carta, oficial de Portugal desde 1834 até 1911, compôs um Te Deum que dedicou ao Papa Leão XII, ao pai e ao sogro, um Credo para solistas, coro e orquestra. Maçónico, torna-se ainda célebre pelo «grito do Ipiranga», que inicia a revolta contra a o governo português e o torna no primeiro imperador do Brasil (é também o autor do Hino da Independência do Brasil).

Abdica mais tarde da coroa portuguesa, após a morte do pai, recusa mais tarde a coroa espanhola (que lhe fora entretanto oferecida) e, não bastasse o surpreendente currículo, recusa ainda a também oferecida coroa grega.

Ainda a propósito do Hino da Carta de D. Pedro IV, é interessante lembrar as palavras de Eça de Queiroz: «[…] E depois, nem tudo são tristezas: também temos as nossas festas! E para as festas tudo nos serve: o 1º de Dezembro, a autorga da Carta, o 24 de Julho, qualquer coisa contanto que celebre uma data nacional. Não em público – ainda não podemos fazer -, mas cada um em sua casa, à sua mesa. N’esses dias colocam-se mais flores nos vasos, decora-se o lustre com verduras, põe-se em evidência a linda e velha Bandeira, as Quinas de que sorrimos e que hoje nos enternecem – e depois, todos em família, cantamos em surdina, para não chamar a atenção dos espias, o velho hymno, o Himno da carta… E faz-se uma grande saúde a um futuro melhor!».

D. Maria II (1819-1853), terá tido também aulas com Marcos Portugal e ainda com João Domingos Bomtempo (lições de piano e canto, além de dança e desenho com outros mestres).

D. Luís (1861-1889) será o último rei com obra musical escrita. Tocava piano, violino e violoncelo (possuía um Stradivarius, hoje parte do espólio do Museu da Música de Lisboa). Encontram-se na Biblioteca da Ajuda numerosas obras que lhe foram dedicadas pelos mais diversos compositores, bem como várias peças de sua autoria, como uma valsa para quinteto (quarteto de cordas e piano). D. Luís também foi razoável pintor e traduziu várias obras de William Shakespeare, sendo que, ridiculamente, algumas das suas versões continuam hoje a ser utilizadas em palcos nacionais sem que seja indicado o autor da tradução.



Conclusão


Cinco são portanto os monarcas que, com certeza, podemos afirmar ousaram experimentar a composição musical, para além dos inúmeros que a apoiaram e estudaram, muito embora se limitassem a ser razoáveis instrumentistas, como D. Maria II.

Quanto a uma visão panorâmica deste acaso pentagonalmente curioso, é sem dúvida claro que as cortes sempre concederam à música um lugar privilegiado no seu quotidiano, mas seria também uma pesquisa interessante a de investigar o currículo musical dos reis das restantes casas europeias a título de comparação.

E a divulgação do espólio musical dos nossos reis? É nula, mas acredito que tal se deva, mais do que à maior ou menor qualidade das obras em si, ao enorme desprezo nacional pelo nosso património artístico e histórico-cultural. D. Dinis será a grande excepção (ou talvez pequena, porque ainda assim é raras vezes lembrada): está publicada uma edição crítica das suas sete sobreviventes trovas galaico-portuguesas (por Manuel Pedro Ferreira).

Na verdade, apesar de ser uma situação que se tem vindo a corrigir aos poucos, o comum dos portugueses está longe de ter alguma vez ouvido falar num Luís de Freitas Branco, num Braga Santos, num Frederico de Freitas, num Armando José Fernandes, num Carlos Seixas ou num Diogo Melgás, quanto mais numa ou outra curiosa obra de um personagem que marcou a história da nação não pela música mas pela sua importantíssima função política.

Algumas composições de D. Pedro IV estão gravadas sob a chancela de etiquetas brasileiras. Resta esperar que uma qualquer casa de discos alemã - ou talvez chinesa - (um considerável número de discos de música portuguesa têm sido lançados por músicos estrangeiros) grave e divulgue em primeira-mão a música que se guarda em muitas gavetas de muitos sótãos de Portugal, música essa de muitos desvalorizados mestres da arte dos sons e de muitos quase desconhecidos no espaço intra-fronteiras.

















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Bibliografia


* Lopes-Graça, Fernando; A Música Portuguesa e os seus Problemas (III);

Edições Cosmos; Lisboa, 1973.

* A Monarquia Portuguesa; Selecções do Reader’s Digest; 1ª Edição, 1999.



* Branco, João; História da Música Portuguesa; Publicações Europa- -América; 4ªEdição, 2005.



* Nery, Rui; Castro, Paulo de; History of Music; Imprensa Nacional, 1991.



Redegrafia

o http://www.reichenberger.de/ [Edition Reichenberger, visitado a 17 de Junho de 2007]
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MensagemAssunto: Re: Reis Músicos na Corte Portuguesa   Reis Músicos na Corte Portuguesa EmptyQua 27 Jun - 14:07:56

Bravo e parabens pelo excelente trabalho. Fosse eu o seu professor e tinha o 20 garantido.

Um abraço


JTMB
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MensagemAssunto: Re: Reis Músicos na Corte Portuguesa   Reis Músicos na Corte Portuguesa EmptyQua 25 Jul - 21:44:42

Uma pergunta: o Adeste Fideles foi composto por D. João IV? Ouvi isso uma vez, e achei estranho...
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MensagemAssunto: Re: Reis Músicos na Corte Portuguesa   Reis Músicos na Corte Portuguesa EmptyQui 26 Jul - 2:38:13

Câmara escreveu:
Uma pergunta: o Adeste Fideles foi composto por D. João IV? Ouvi isso uma vez, e achei estranho...

Há quem diga que sim, julgo porque foram encontradas duas cópias da composição no palácio de Vila Viçosa. Mas não há a certeza e já vi referências a "composição tradicional" de origem ibérica. Também é muitas vezes atribuido a John Francis Wade, um inglês do século XVIII.
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Luso
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MensagemAssunto: Re: Reis Músicos na Corte Portuguesa   Reis Músicos na Corte Portuguesa EmptySex 25 Jan - 13:08:26

O Adestes Fidelis não foi composto por D.João IV directamente,ele apenas mandou compor.

Ou serei eu que estou enganado?

Alguém sabe de como era a música portuguesa na epoca dos descobrimentos??? Seria também com guitarras tipo trovadores??
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