MONARQUIA TRADICIONAL
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MONARQUIA TRADICIONAL

Nós seremos livres, nosso rei será livre, nossas mãos nos libertarão
 
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 A matéria prima para reconstruir o País

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Rodrigo Matias
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MensagemAssunto: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQua 8 Mar - 12:36:16

Vivam

Abri este tópico no intuito de criar uma caixa de ressonância do actual sistema.
Parece-me que é através da observação análise e discussão daquilo que nos rodeia que poderemos formular novas propostas para o sistema ou de novos sistemas.


Assim, nada melhor do que começar por nós próprios e daí a oportunidade deste texto que anda a circular na net.

Citação :


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.

Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa.

Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português.
Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE


(Retirado da Página dos Arautos D`el Rei)

grato

Joe War


Última edição por em Qui 9 Mar - 2:38:54, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: E vou assobiando...   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQua 8 Mar - 13:34:53

Até aí muito bem, mas isso é resolvido com uma mudança de sistema?
Digo antes que é resolvido com uma mudança da atitude das autoridades... e das regras.
Um dos motes da economia é que "As pessoas reajem a incentivos." Quais são os incentivos? Sou um dos "patos" que se porta bem: que coloco o lixo no lixo, às vezes até o recolho, pois por vezes sinto-me ofendido de o ver no chão. Gosto de cumprir regras, mas descubro que elas estão feitas para me prejudicar, mais do que para que tudo funcione; então, por vezes tenho de as contornar... porque se não o fizer, elas encravam-me, não me apoiam nem a ninguém... senão a quem as definiu.

Repare-se que "incentivos" pode querer dizer "penalização": o medo de apanhar uma multa é um incentivo para evitar transgredir. Para a maior parte das pessoas, quando se apanha uma toma-se mais cuidado para não se apanhar outra... (Há quem goste de apanhar multas repetidamente, até em família, mas isso é outra história.) Se se transgride e nada acontece, toma-se menos cuidado.

Ou seja: que se lixe qual é o sistema de topo, porque o que conta é a mudança estrutural abaixo do topo.
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 1:20:29

Caro Andabata

Antes de mais obrigado por ter respondido.

A razão porque eu coloquei aqui este tópico, “na mudança de sistema” é por acreditar que, se somos todos elementos de uma comunidade e que esta comunidade é ou deveria ser regida por um sistema, quando ou antes de o questionar-mos deveríamos sempre começar por nos questionarmos a nós. Se o sistema é à nossa imagem então os seus erros e problemas são reflexos dos nossos.

Começar por fazer uma introspecção parece-me um excelente ponto de partida para analisar o sistema político \ administrativo.
Por isso gostei deste texto porque de uma forma geral retrata o nosso actual estado como membros de uma comunidade ou como agora se diz, de uma sociedade.

Já tivemos revoluções e golpes de estado em que se mudou os protagonistas do poder, e se verificou que afinal essa foi a única alteração e que tudo o resto ficou na mesma, já tivemos outras em que os protagonistas mudaram tudo à sua imagem como forma de se perpetuarem no poder.

Se calhar nós é que ficamos sempre na mesma e assim, mudar o sistema é “mudar as moscas…”

Quanto ás multas, quem nunca pecou que atire a primeira pedra…


Até já

Joe War
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MensagemAssunto: "Pariense"   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 2:33:39

O parisiense

Caro Joe War

O texto promete ser tema para mudarmos da bafienta sucessão.

Assim, e logo após ler o texto, o que me ocorreu perguntar, foi se os colegas da Universidade que aqui, em Vila Real, eram razoáveis ou medíocres quando colocados em Inglaterra foram, ou não, bons alunos? Pergunto também se na tua Terra os que conheces e que foram emigrantes, nas suas terras de acolhimento foram, ou não, homens trabalhadores responsáveis, honestos, poupados, ordeiros, limpos e asseados, etc.? Foram, ou não, homens com valores morais? Educaram, ou não, bem os seus filhos? Construíram, ou não, o seu património para uma vida na velhice mais desafogada?

Se a respostas forem, sim, então eu presumo que é o software que estraga o hardware. Ou seja, não somos nós os portugueses, enquanto massa humana, criada e educada por portugueses que está deformada, mas o conjunto de princípios ou tendências que nos regem é que nos conduzem a esta desgraçada situação. Temos andado este tempo todo a acreditar em quimeras e não em nós mesmos.

Fernando Pessoa dizia que havia três tipos de portugueses: o da 1ª dinastia, o da 2ª dinastia e o que entrou com o constitucionalismo (1834). O da 1ª dinastia, é o português, que se sente português por que ama a sua terra, a sua cultura, e está-se borrifando para quem governa. O da 2ª dinastia, o português universalista, morreu em Alcácer Quibir, mas deixou por cá uns familiares, e o último, o constitucionalista, é o português que gostava de ser parisiense, e é o que actualmente nos governa.

Perante o texto que apresentaste e esta caracterização de Fernando Pessoa, concluo que há vários tipos de portugueses, em Portugal, e destes o parisiense é um revoltado. Manifesta-se mais imediatista e individualista que os outros tipos, sofre de um complexo de inferioridade, diz permanentemente mal dos portugueses e de Portugal, “nunca está bem com a roupa que tem”.

O português parisiense, devido ao seu carácter, associado ao seu desconforto de ser português, só faz asneira em nome dos restantes. É este tipo, o defensor dos “ideais libertadores” e o adepto das “modernices”. Permanece em bicos de pés para se igualar aos restantes europeus, não assume a nossa pequenez geográfica e financeira, e esconde a nossa grandeza universalista, e até mostra vergonha dela. Assume-se como um cosmopolita urbano, encobre a sua falta de cultura com erudição, vive de costas voltadas e desdenha dos outros tipos de portugueses.

Impôs-nos um modelo de organização política, copiado e transportado do exterior, expõe-o como o nec plus ultra (e ai de quem discordar), e não tem consciência de a quem serve, julgando fazê-lo sempre a “ideais abstractos” (com fortíssima dose de lirismo). E o resultado está aqui, no Portugal do século XXI. Todos berram e todos sabem que isto está mal. Os que identificam o mal de que padecemos têm medo de se manifestarem, por causa das represálias do português parisiense. Este ameaça com injúrias do tipo “fascista”, “anti democrata”, etc. tipo de palavrões que já não metem medo, e com o desemprego.

Para resolvermos a nossa situação teremos que apresentar uma solução radical e integral. Radical, de raiz, de base, portanto, com bons alicerces para não ruir ou ceder à primeira rabanada. Integral, porque tem de ser ao nível dos princípios e tendências. Propor um sistema que dê predominância à voz da Comunidade em substituição das partidárias.

Não me alongo mais, deixando que surjam primeiro as críticas ao sistema actual, antes de apresentarmos a nossa proposta, expressa nas páginas da AMT.

Joaquim Filipe
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 2:50:02

Será isto o principio da uma segunda "Monarquia do Norte"?

É que pelos vistos somos todos de Vila Real e arredores...

Como diz o "War", Botem lá...

Acima de tudo, conspiremos!!!


MDSantiago
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 2:55:45

vivam


Já agora esse texto veio dos Arautos.... humm...é que eu outro dia vi a jantar elementos do AMT com pessoal dos Arautos,... e a conversa estava muito animada... Será????


grato

Santiago


Última edição por em Qui 9 Mar - 3:02:48, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 2:59:54

...

Só nos fica bem a nós Transmontanos num tópico com este titulo...
encabeçar "A matéria prima para reconstruir o País..."
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andabata
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MensagemAssunto: E a regionalização? Deixamo-nos tramar pelo Porto?   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 3:13:53

Quanto a podermos olhar para nós, a vermos o que realmente se passa e a reagir, o que acham da tentativa do actual governo para des-re-concentrar os serviços nas 5 regiões-plano, para depois tentar propô-las como "regiões óbvias" no próximo referendo da regionalização?

O interior só tem a perder se ficar associado a regiões do litoral: troca um centralismo lisboeta por outro, mais próximo mas não mais interessado. É que dá jeito ao Porto ter Trás-os-Montes a tornar a região pobre para as estatísticas, e o mesmo se diga de Leiria-Coimbra-Aveiro e a Beira Interior...
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 3:28:15

Caro Andabata

Para quem "luta vendado", você vê muito longe...

até já

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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 3:42:29

Caro Andabata

Citação :

O interior só tem a perder se ficar associado a regiões do litoral: troca um centralismo lisboeta por outro, mais próximo mas não mais interessado.

Não poderia estar mais de acordo!

E nós, como residentes no interior, o que é que temos feito para debelar essa interioridade?

Quais são os instrumentos que temos ao nosso dispor para rebatermos essa usurpação do litoral?. na prática o que podemos fazer?
É que pelo principio da conservação da energia, é mais facil sermos coitados do que sermos exigentes e não aceitarmos soluções de compromisso...

já agora quem é o seu representante no Parlamento? quantas vezes falou com ele sobre isso?, o que é que ele pensa sobre isto? foi com isso em mente que votou nas ultimas legislativas?...

Santiago
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 3:53:34

Citação :
Já agora esse texto veio dos Arautos.... humm

Caro MdSantiago

De facto o jantar foi excelente, não só pela comida, mas pelos acordos.

Não se esqueça que um dos "Arautos del Rei" é o irmão do duque de Loulé, Dom Filipe.

Para a próxima vez, e já que é um membro da AMT, está convidado a saborear o "joelho da porca".

Joaquim Filipe
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 12:16:02

Resposta a o Parisiense

Caro Joaquim

Citação :

Pergunto também se na tua Terra os que conheces e que foram emigrantes, nas suas terras de acolhimento foram, ou não, homens trabalhadores responsáveis, honestos, poupados, ordeiros, limpos e asseados, etc.? Foram, ou não, homens com valores morais? Educaram, ou não, bem os seus filhos? Construíram, ou não, o seu património para uma vida na velhice mais desafogada?

Sabes muito bem que sim.

Para mim o que é pior é que não se está a falar tudo e que não se está a retirar a devida lição desta história.

A emigração foi uma enorme ferida criada pela "Salazarquia", que tinha os cofres cheios de dinheiro e o povo cheio de fome. Essas pessoas deixaram o Portugal do pequenino para irem ajudar a fazer da França, Alemanha Luxemburgo, Suiça, Belgica, USA, Canadá, Brazil, Venezuela.... Paises grandes.

Disto, a "Salazarquia" só viu as remessas de divisas que os emigrantes entretanto mandavam.
É obesceno!!!

Ao contrario da "Salazarquia", os nossos criaram lá fora uma reputação de trabalho, honestidade e humildade que ainda hoje é referência um bocado por toda a parte.

Assim que mudaram de "software", logo apareceram todas as caracteristicas que nos acompanham ao longo da história e que os sucessivos sistemas, todos importados com o fim de nos libertar e salvar, tem consaguido abafar mas não aniquilar.

até já

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MensagemAssunto: Representantes no parlamento   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 12:19:52

O meu representante no "parlamento" é... o líder de um dos partidos políticos.
Isto porque os deputados "distritais" não me representam. Representam o poder partidário que os coloca nas listas em lugares elegíveis e que determina se vão voltar a aparecer ou não nas próximas listas e em que lugar.

Já que tanto PS como PSD parecem defender os círculos uninominais para a reforma eleitoral, espero que isso se torne realidade. Prefiro ter um Alberto João regional contra quem ou a favor de quem possa votar, do que ter um tipo qq. escolhido pela distrital com o acordo dos órgãos nacionais e que não posso deseleger nem reeleger. Quanto à importância disto, veja-se:

http://thegaa.org/tgaafaq.html

Nomeadamente:

P: Por que é que as forças políticas respondem perante nós, em última análise?
R: Por estes motivos:

1º. Os nossos direitos e autoridade constitucionais
2º. Pagamos-lhe os salários
3º. Somos nós que os elegemos
4º. Somos nós que os deselegemos
5º. Deviam ter uma consciência
6º. Prestam juramento ao assumir o cargo

Ou seja, sem os podermos eleger nem deseleger (é o que se passa actualmente com os nossos deputados), perdemos logo 1/3 destes motivos.
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MensagemAssunto: 50 mil labregos   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 13:18:14

Artigo de opinião no DN de hoje:

Cinquenta mil labregos


Luciano Amaral

Professsor universitário

Passam hoje 90 anos sobre um dos momentos mais gratuitos, mas com mais consequências a longo prazo, da História das Relações Internacionais Portuguesas: a entrada directa de Portugal na I Guerra Mundial. A 9 de Março de 1916, a Alemanha declarava-nos guerra, na sequência do aprisionamento de todos os navios mercantes alemães estacionados em portos nacionais. Os navios alemães, na verdade, nunca passaram de um pretexto do Governo de Afonso Costa para lançar o País num conflito em que desejou ardentemente lançá-lo desde o início, em 1914. Se a entrada portuguesa não se verificou logo nesse ano, foi sobretudo porque a nossa "velha aliada", a Inglaterra, não o quis. A Inglaterra sempre preferiu a estranha situação portuguesa dos dois primeiros anos, a não beligerância alinhada, que lhe permitia usar alguma colaboração portuguesa para certos fins logísticos sem ter de se co--responsabilizar pela defesa do nosso território, tanto na Metrópole como no Ultramar, ou financiar (como acabou por fazer) o esforço de guerra português. Foram as suas necessidades desesperadas na guerra submarina que a levaram a pedir o aprisionamento dos navios invocando a "velha aliança", do que resultou a declaração de guerra.

O desejo de entrar naquele que terá sido o mais absurdo dos dois conflitos mundiais foi sempre português desde o início, em particular da facção dominante do regime da I República. Este desejo teve origem no carácter fundamentalmente radical e não consensual do regime. É preciso perceber que a I República não foi a mera substituição do Rei pelo Presidente (que, aliás, poucos poderes tinha). Foi a passagem para um regime que tentou aplicar um programa de transformação radical (se necessário, violenta) da nossa sociedade de então. Por isso, a República nunca representou uma solução política estável e com a qual a maioria do povo (ou talvez fosse melhor dizer da opinião pública) português(a) soubesse conviver. Desde o início capturado por uma clique que entrou em conflito com o País, o regime foi um notável catálogo de arbitrariedades e violência. A tradicional conversa sobre a "longa noite fascista" do salazarismo parece pressupor que ela interrompeu um "longo e radioso dia democrático". A verdade é que a I República conseguiu o feito de juntar (sob uma aparência, estritamente formal, demo-liberal) o pior do autoritarismo formalizado, como as prisões e as deportações (tão vastas como durante o salazarismo), a proibição de partidos, a fraude eleitoral ou as limitações à liberdade de expressão, com o terror da violência informal, às mãos dos famosos Batalhões de Voluntários ou da Formiga Branca, mais próprio dos regimes totalitários.

Foi este regime que viu na I Guerra Mundial uma janela de oportunidade para finalmente se afirmar no País, criando um "sentimento nacional" ou uma "unidade nacional" que, evidentemente, o conflito com a Igreja e os chamados "monárquicos" (um conceito muito elástico) não criaram, bem pelo contrário. Em consequência, agarrou a oportunidade mal pôde, pôs o ministro da Guerra (Norton de Matos) a fabricar um Exército moderno à pressa e lá enviou, em 1917, para a Flandres um Corpo Expedicionário Português (CEP), que chegou a mobilizar cerca de 50 mil homens. Ou, como diria Aquilino Ribeiro, enviou para "o matadouro os meus pobres, ignorantes e pacíficos labregos". A estes juntou mais cerca de 50 mil, enviados para as colónias. Tosco, mal equipado e mal preparado, o CEP foi punido sem piedade pelos alemães, até à humilhação última de La Lys. No final (entre a Flandres e África), não voltaram cerca de dez mil "labregos". Para além desta carnificina, a participação portuguesa na guerra não serviu para praticamente mais nada, a não ser para uns convenientes empréstimos ingleses, já que os benefícios a pretexto das chamadas "reparações de guerra" arrancadas pelos aliados aos alemães foram irrisórios.

Serviu, porém, embora involuntariamente, para outras coisas. Para adicionar mais uma causa de insatisfação com o regime, que se juntaria às outras todas, e para uma importante expansão do Exército, que acabou por se constituir no repositório de todas as frustrações nacionais. Foi o que se viu com o golpe de 5 de Dezembro de 1917 de Sidónio Pais e, mais tarde e ainda mais, com o golpe de 28 de Maio de 1926, que poria termo à I República para dar origem ao salazarismo. Perante um regime incapaz de se fundar numa legitimidade política substancial, acabou por restar a última instância da violência legítima militar, sendo que um dos veículos para o surgimento do Exército enquanto agente político (tanto por via do aumento dos seus efectivos como da sua razão de ser) foi a participação na I Guerra Mundial. Depois viria, efectivamente, a "longa noite fascista". Mas, sem a explicar por inteiro, ela não é compreensível sem primeiro compreender a prévia "noite republicana".
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MensagemAssunto: Re: 50 mil labregos   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 21:57:27

Caro andabata,


andabata escreveu:
Artigo de opinião no DN de hoje:

Cinquenta mil labregos


Luciano Amaral

Professsor universitário

(....)
Desde o início capturado por uma clique que entrou em conflito com o País, o regime foi um notável catálogo de arbitrariedades e violência. A tradicional conversa sobre a "longa noite fascista" do salazarismo parece pressupor que ela interrompeu um "longo e radioso dia democrático". A verdade é que a I República conseguiu o feito de juntar (sob uma aparência, estritamente formal, demo-liberal) o pior do autoritarismo formalizado, como as prisões e as deportações (tão vastas como durante o salazarismo), a proibição de partidos, a fraude eleitoral ou as limitações à liberdade de expressão, com o terror da violência informal, às mãos dos famosos Batalhões de Voluntários ou da Formiga Branca, mais próprio dos regimes totalitários.

(.........)

Depois viria, efectivamente, a "longa noite fascista". Mas, sem a explicar por inteiro, ela não é compreensível sem primeiro compreender a prévia "noite republicana".

Sem duvida nenhuma, a "longa noite fascista", foi uma brincadeira comparada com o regime de opressão e de terror que foi a I Republica. E este terror e opressão só tem paralelo com a fase do após 25 de Abril.....

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MensagemAssunto: Re: Representantes no parlamento   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 22:14:53

Caro andabata


andabata escreveu:
O meu representante no "parlamento" é... o líder de um dos partidos políticos.

(...)

Prefiro ter um Alberto João regional contra quem ou a favor de quem possa votar, do que ter um tipo qq. escolhido pela distrital com o acordo dos órgãos nacionais e que não posso deseleger nem reeleger.


E os nosso Presidentes de Camara, não chegam? Não servem de exemplo? "Basta ir ao TOTTA", à Suiça, etc, etc.

O problema não está no sistema, mas sim está na forma como nós exercemos os nosso direitos e deveres civicos.....

Isto não invalida, que num sistema ideal, a regionalização e os circulos uninominais são propostas válidas... Mas para pormos lá Albertos João, mais vale fechar a loja deitar a chave fora...


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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 22:27:54

Caro João Guerra


joe war escreveu:



Assim que mudaram de "software", logo apareceram todas as caracteristicas que nos acompanham ao longo da história e que os sucessivos sistemas, todos importados com o fim de nos libertar e salvar, tem consaguido abafar mas não aniquilar.

até já

Joe War

Mais uma vez, não se podem fazer omoletes sem ovos. É lógico que lá fora "somo bons", porque estamos enquadrados em sociedades evoluidas. E só vai para fora quem realmente tem ambição de alguma coisa. Mas se olharmos para as nossas comunidades de emigrantes encontramos grandes exemplos de capacidade de trabalho e de sacrificio, mas não encontramos grandes exemplos de cidadania, de liderança civica e social, etc, etc.

Ora cá estamos sozinhos e como tal vale a lei do mais forte, do mais esperto entenda-se...

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RLS
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MensagemAssunto: Re: Representantes no parlamento   A matéria prima para reconstruir o País EmptyQui 9 Mar - 22:52:00

Viva, rls,

rls escreveu:

E os nosso Presidentes de Camara, não chegam? Não servem de exemplo? "Basta ir ao TOTTA", à Suiça, etc, etc.

Os presidentes de câmara são um bom exemplo: temos alguns maus, mas muitos bons e realmente as pessoas fazem-nos saltar quando não estão satisfeitas. Há uma preocupação em atender aos eleitores para ser reeleito. Claro que há quem actue de forma correcta e quem use de todos os truques e mais alguns. Mas realmente, os eleitores sabem que quem está à frente das câmaras depende deles e é com eles que tem de se preocupar - não com os que estão a mais de 100 ou 200 km...

Muito do desenvolvimento regional teria sido impossível sem presidentes de câmara eleitos: antes do 25 de Abril, o que havia dependia apenas das "cunhas" que cada concelho conseguia meter em Lisboa, os concelhos estavam praticamente estagnados. Claro que agora há desperdício, mas face ao dinheiro utilizado nas câmaras, é um desperdício muito menor do que o da administração central.

O problema é que as câmaras só podem resolver problemas locais, não regionais. Podem associar-se, mas sem legitimidade democrática dificilmente se transferem poderes reais para uma estrutura regional. Fica o governo regional refém dos presidentes de câmara, não dos eleitores.

rls escreveu:

Isto não invalida, que num sistema ideal, a regionalização e os circulos uninominais são propostas válidas... Mas para pormos lá Albertos João, mais vale fechar a loja deitar a chave fora...

Não posso senão discordar. Faz parte da democracia que o povo escolha quem quer - ou, por exclusão de partes, quem não quer. Achar que não se pode dar ao povo o direito de escolher albertos joãos é dizer que só se quer a democracia quando nos convém - algo que, bem vistas as coisas, não é democracia.
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 0:54:15

Caríssimos


Estou-vos muito grato por este debate.

Tenho que admitir que um tema tão rico e geral como “a matéria-prima para reconstruir o País” dá pano para mangas.

Assim, e pondo-me numa posição que obviamente não é a minha, a de moderador, proponho que nos centremos num tema de cada vez.

Se nos centrarmos num tema de cada vez vai ser muito mais fácil expor as opiniões e as respectivas réplicas.

Que vos parece?

Já agora, aceitam-se ideias para o tema de partida.

Joe War

PS: RLS, Joe War não é = a João Guerra…
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 1:51:23

Vamos por partes.

Joe War
Citação :

Se nos centrarmos num tema de cada vez vai ser muito mais fácil expor as opiniões e as respectivas réplicas.

Percebo onde quer chegar. Acho uma excelente ideia. Conte comigo!

Joaquim, parabéns por mais um excelente texto. O Parisiense foi como a Toyota Dina, “veio para ficar”. Chegou com as invasões Francesas, que como se sabe não fizeram cá ninho, mas infelizmente quando se devolveram os "libertadores" Franceses à procedência não se desinfestou devidamente o território.

Ficou o Parisiense, esse híbrido de Português com estrangeiro cujas ideias “libertadoras” perderam D. Miguel em absoluto, nos perderam no liberalismo à lá carte, foram a causa da perda da Monarquia e onde desde o primeiro momento, senão até antes, a Republica anda perdida.

Foi contra esse Parisiense que se revoltou Maria da Fonte, à frente da nossa última revolução verdadeiramente popular.

O que é que personifica o tal Parisiense?
Obviamente os Partidos!!!

Como diria Ramalho Ortigão em “CARTA DE UM VELHO A UM NOVO”…

Citação :

“Pelos processos improvisados e caóticos em que vivemos sucessivamente nos desenraizamos do torrão paterno, desandando e retrocedendo da ordem ascendente e lógica de toda a evolução social, principiando por substituir o interesse da Pátria pelo interesse do partido, depois o interesse do partido pelo interesse do grupo e por fim o interesse do grupo pelo interesse individual de cada um. É a marcha da dissolução, marcha rapidíssima para o aniquilamento, porque é inteiramente aplicável à vida social a lei biológica de que toda a decomposição orgânica dá origem a seres parasitários cuja função é acelerar e completar a decomposição.”

(isto foi escrito em 1914…quem diria! …)

Andabata
Citação :

P: Por que é que as forças políticas respondem perante nós, em última análise?
R: Por estes motivos:

1º. Os nossos direitos e autoridade constitucionais
2º. Pagamos-lhe os salários
3º. Somos nós que os elegemos
4º. Somos nós que os deselegemos
5º. Deviam ter uma consciência
6º. Prestam juramento ao assumir o cargo

Ou seja, sem os podermos eleger nem deseleger (é o que se passa actualmente com os nossos deputados), perdemos logo 1/3 destes motivos.


Não percebo onde quer chegar. Está contra ou a favor disto?


RlS
Citação :

O problema não está no sistema, mas sim está na forma como nós exercemos os nosso direitos e deveres civicos.....

A forma como nós exercemos os nossos direitos e deveres cívicos é definido de uma maneira geral por …sistema!!!


Grato

MDSantiago
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 2:09:39

mdsantiago escreveu:

Citação :

P: Por que é que as forças políticas respondem perante nós, em última análise?
R: Por estes motivos:

1º. Os nossos direitos e autoridade constitucionais
2º. Pagamos-lhe os salários
3º. Somos nós que os elegemos
4º. Somos nós que os deselegemos
5º. Deviam ter uma consciência
6º. Prestam juramento ao assumir o cargo

Ou seja, sem os podermos eleger nem deseleger (é o que se passa actualmente com os nossos deputados), perdemos logo 1/3 destes motivos.


Não percebo onde quer chegar. Está contra ou a favor disto?

Estou contra situação actual em que não podemos eleger nem deseleger os deputados, por estarem metidos em listas, não podendo pois o nosso voto ser específico; como consequência, a colocação nas listas é um jogo político travado em Lisboa, tornando irrelevantes as listas distritais: mais valia haver uma lista nacional, ia dar ao mesmo. Estou contra a situação actual, em que não se dá poder real ao cidadão, apenas o poder de dar ao poder central um argumento para afirmar que o povo está representado.

Sou a favor da urgente eleição directa de um único representante por círculo eleitoral, uma pessoa que possa ser responsabilizada pelas suas opções na eleição seguinte.
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 2:20:57

Caro Andabata

Antes de mais parabéns pela sua promoção a Guarda Marinha.
Isto é que são promoções conquistadas em combate!!!
Venha daí a promoção a Capitão-de-fragata!!!

Agora já percebi a sua postura.
Afinal sempre é importante mudar o sistema!!!

Já agora qual é o papel que atribui aos partidos nesse seu método de eleição?
É que se vai votar num candidato, isto é numa pessoa que lhe dê garantias, para quê o partido?

Até já

Santiago
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 3:03:37

Ó joaquim

Já me esquecia, obrigado pelo convite para jantar.
Espero que o vinho não seja carrascão mas sim da Quinta do Carrasqueiro!

Santiago
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 3:19:53

mdsantiago escreveu:
Vamos por partes.



RlS
Citação :

O problema não está no sistema, mas sim está na forma como nós exercemos os nosso direitos e deveres civicos.....

A forma como nós exercemos os nossos direitos e deveres cívicos é definido de uma maneira geral por …sistema!!!




Caro mdsantiago,

Só podemos culpar um sistema: o sistema educativo deste país. Não só o sistema escolar, mas todo o sistema que tem haver com formação civica das pessoas.

Foram muitos e bons longos anos da grande e " longa noite noite salazarista" que não soubemos aproveitar...



---------
RLS


Última edição por em Sex 10 Mar - 4:18:10, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País EmptySex 10 Mar - 3:33:36

Caro RLS

Fazendo minhas as Palavras de Ramalho Ortigão, que sabiamente o Santiago hoje já referiu, da “CARTA DE UM VELHO A UM NOVO”…
Citação :

Em Portugal somos hoje um povo medonhamente deseducado pela inepta pedagogia que nos intoxica desde o princípio do século XIX até os nossos dias.
(...)
Quebramos estouvadamente o fio da nossa missão histórica. Desmoralizamo-nos, enxovalhamo-nos, desaportuguesamo-nos.

Não podia estar mais de acordo consigo. Tem que se reeducar civicamente os Portugueses. E do ponto de vista de cidadania tambem...
Eu tambem acho que é por aí que se deve começar!
Pela educação.

Citação :

Foram muitos e bons longos anos da grande e " longa noite noite salazarista" que não soubemos aproveitar...


Pessoalmente, nesse campo acho que há pouco que aproveitar da Salazarquia.

Joe War
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MensagemAssunto: Re: A matéria prima para reconstruir o País   A matéria prima para reconstruir o País Empty

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